Pesquisadores da Universidade de York, em um estudo pioneiro, descobriu algo incrível.
‘Caçadores-coletores’ que viveram no final do período glacial, utilizavam potes feitos de cerâmica para cozinhar peixes.
Antes, pensava-se que a cerâmica havia surgido com a chegada da agricultura, no entanto com o resultado deste novo estudo, os pesquisadores revelaram que a cerâmica já era utilizada bem antes, provavelmente no fim do Pleistoceno.
No período Pleistoceno, o ser humano já existia, e a única espécie de hominídeos encontrados em registros fósseis é o Homo erectus, que se ajustava às mudanças de clima e ambientes novos. Os animais típicos desta época foram a rena, o urso polar e o rinoceronte lanoso, todos primitivos.
As primeiras amostras analisadas foram encontradas no Japão, país conhecido por ser pioneiro na inovação da cerâmica. Os pesquisadores realizaram análises químicas nos resíduos alimentares em cerâmicas de cerca de 15 mil anos de idade, sendo as cerâmicas mais antigas já estudadas.
O Dr. Oliver Craig, do Departamento de Arqueologia, diretor do Centro de Pesquisa BioArCh da Universidade de York, e líder da pesquisa, disse: “Os primeiros utensílios utilizados feitos de cerâmica era uma nova estratégia que revolucionou o processamento de peixes marinhos e de água doce, mas talvez, o mais interessante é esta adaptação fundamental que surgiu ao longo de um período de mudanças climáticas severas”.
A fase de produção inicial de cerâmica, já naquela época, indica que ela foi favorecida pela abundância de alimentos costeiros, que eram melhor aproveitados quando feitos em objetos de cerâmica.
“Este estudo demonstra que é possível analisar os resíduos orgânicos de alguns dos objetos mais antigos do mundo, os vasos de cerâmica. Ela abre o caminho para um estudo mais aprofundado sobre os caçadores-coletores e as cerâmicas dos períodos posteriores que esclarecem como se deu o desenvolvimento desta tecnologia revolucionária”, disse Craig.
Fonte: Jornal Ciência
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