Ufologia lista algumas razões para levar os discos voadores a sério.
Se você olhar para o céu e encontrar traços incomuns nesta segunda, 24
de junho, Dia Mundial dos Discos Voadores, observe com atenção.
A
história está repleta de depoimentos de pessoas que veem objetos
voadores não identificados. Muitos apenas não são reconhecidos na hora,
mas são terrestres. Sobre outros, porém, ainda paira uma aura de
mistério.
A ufologia defende que a Terra já foi visitada diversas
vezes por seres de outros planetas. Área 51, ET de Varginha, Noite dos
UFOs e Operação Prato são algumas menções que servem de argumento para quem acredita na passagem de criaturas extraterrestres pela Terra.
Confira algumas razões para levar os discos voadores a sério, segundo a ufologia:
Fenômeno frequente
Casos que envolvem queda de aeronaves, perseguições aéreas ou mesmo a captura de criaturas são raros, explica Ademar Gevaerd, jornalista e editor da Revista UFO.
Ele sustenta, porém, que os registros ufológicos não se
restringem a episódios passados. “Temos milhares de ocorrências de
discos voadores em todo o mundo. A todo momento, elas acontecem”,
afirma.
Documentos militares
Recentemente, a classe ufológica ganhou o reforço de um aliado inesperado: militares brasileiros já admitiram ter documentos variados sobre observações de objetos voadores, inclusive com detecção simultânea de radares em aeronaves e no solo.
“Só a reunião ministerial já foi algo impensável.
Nenhum país do mundo fez isso”, exalta Gevaerd, referindo-se ao encontro
com a Comissão Brasileira de Ufólogos em 18 de abril, promovido a
pedido do ministro da Defesa, Celso Amorim.
Embora os relatórios divulgados pelas Forças Armadas não
confirmem a visita de extraterrestres, ufólogos entendem que a simples
exposição de documentos até então secretos, detalhando operações de
monitoramento de OVNIs, é um indicativo da ocorrência do fenômeno.
Vale lembrar que, na década de 1960, o governo brasileiro chegou a ter um órgão específico para monitorar OVNIs.
Chamado de Sistema de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados
(Sioani), o órgão produziu centenas de documentos na época, muitos dos
quais abertos ao público nos últimos anos.
No encontro de abril, ufólogos foram informados de que
novos documentos a respeito de objetos não identificados perderiam o
sigilo já a partir de junho - o que não se confirmou até o momento.
Ao Terra,
o coronel da Aeronáutica Alexandre Emílio Spengler limitou-se a
informar que o prazo para esta divulgação vai até 2014 e não previu
quando isso ocorrerá.
Operação Prato
De acordo com Spengler, os documentos prometidos são referentes à Operação Prato, de 1977, quando a Força Aérea Brasileira verificou ocorrências extraordinárias no Pará.
Naquele ano, mais de 20 militares foram
deslocados para a pequena cidade de Colares, onde a população relatava
aparições misteriosas e luzes "hostis".
Os documentos produzidos pelos
agentes nessa missão continham relatos de objetos luminosos em
movimentação errática, naves gigantes e depoimentos assustadores dos
ribeirinhos.
Segundo Gevaerd, entretanto, os militares alegaram, no
encontro, que não têm mais nada a divulgar sobre a Operação Prato. Ele
rebate: “Brigamos para que sejam liberadas mais fotos. Foram feitas mais
de 500 e liberaram cerca de 200 e, ainda, muito ruins”.
O jornalista cita também 16 horas de filmagens nos
formatos Super 8 e Super 16mm, que mostram objetos de grandes dimensões
fazendo incursões, especialmente, sobre o Rio Amazonas. Para Gevaerd,
pode-se aceitar que parte desse material foi perdida, mas não a sua
totalidade.
Após conversa com oficiais, Gevaerd acredita que os
documentos prometidos não são dessa operação.
“Especulando sobre o que
poderia ser, nos disseram que é um conjunto de três livros grandes de
ocorrências com observações feitas principalmente por pilotos. Cada
livro tem mais de 300 páginas. Ou seja, passaria de mil páginas”,
estima. “Parece que seria relativo aos anos 1990”, completa.
Museu
O Museu Internacional de Ufologia, História e Ciência formalizou uma solicitação de recebimento de cópias de toda essa documentação.
Segundo seu diretor, o historiador
Hernán Mostajo, assim que disponibilizada, ela constará como acervo
documental no arquivo histórico da instituição, com o objetivo de
facilitar seu acesso pela população.
Mostajo ressalta que a liberação pública dos documentos
não confirmará cientificamente que estamos sendo visitados por seres
extraterrestres. “Caberá, a partir de agora, aos requerentes da
informação, a conclusão científica do fenômeno”, diz.
O historiador também esclarece que o conceito de OVNI
difere de disco voador, o qual, supostamente, seria pilotado por
extraterrestre. Dessa forma, ele defende que todos os possíveis
relatórios de aparições de OVNIs não trarão resposta à famosa indagação:
estamos ou não sozinhos no universo?
Varginha
No Brasil, o mais famoso relato ufológico é conhecido como “ET de Varginha”. Na verdade, conforme Gevaerd, seriam dois seres extraterrestres capturados em 20 de janeiro de 1996, após a queda de uma nave na cidade do sul mineiro.
Segundo o
editor da Revista UFO, eles foram levados a um hospital, o que garantiu o
testemunho de médicos e enfermeiros entre 150 pessoas que teriam
presenciado o caso. Para o ufólogo, esse é o grande episódio da ufologia
brasileira e, também, o segredo mais bem guardado do meio militar.
Noite Oficial dos UFOs
Dez anos antes, um episódio de nome significativo: a Noite Oficial dos UFOs no Brasil. Em 19 de maio de 1986, a operação desencadeada pelo Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro realizou a detecção, o monitoramento e a aproximação de OVNIs.
Conforme Gevaerd, eles foram descritos em
relatório como máquinas de controle inteligente que foram perseguidas e
que perseguiam. A ocorrência envolveu 21 objetos voadores de formato
esférico, com cerca de 100 metros de diâmetro.
Relatório assinado pelo brigadeiro-do-ar José Pessoa
Cavalcanti de Albuquerque, em 2 de junho de 1986, cita a grande e rápida
variação de velocidade e de altitude dos objetos, com capacidade de
acelerar e desacelerar de forma brusca, além de indicação luminosa de
cor branca, vermelha, verde ou mesmo ausente.
Área 51
No mundo, entre diversos fenômenos relatados, o de maior curiosidade envolve a chamada Área 51, um espaço militar restrito nos Estados Unidos, onde seriam desmontadas naves alienígenas para compreensão de sua tecnologia. A Área 51 figurou em vários filmes hollywoodianos e séries famosas.
O governo americano só admitiu a existência do local em
1994. Mas, de acordo com os EUA, a finalidade da base não tem nada a ver
com alienígenas.
Em maio deste ano, uma revelação inusitada de um país
vizinho: o ex-ministro canadense Paul Hellyer afirmou que os EUA possuem
dois extraterrestres a seu serviço na Área 51.
Ufologia moderna
Os Estados Unidos têm uma ligação estreita com a ufologia. O 24 de junho foi escolhido como o Dia dos Discos Voadores por uma ocorrência de 1947, quando o piloto norte-americano Kenneth Arnold visualizou diversos objetos voadores estranhos.
O episódio, considerado o princípio da ufologia
moderna, foi seguido, dias depois, pelo Caso Roswell, no Novo México. Lá
teria caído uma nave espacial, resgatada pela Força Aérea Americana e
levada a uma base secreta.
Os argumentos dos ufólogos tendem a ser rebatidos por
astrônomos, que garantem: não há tecnologia disponível para que seres
inteligentes, de planetas com condições de possuir vida, visitem a
Terra.
Para eles, Gevaerd deixa uma reflexão: seria preciso pressupor
que os extraterrestres utilizam os mesmos métodos de propulsão que os
terráqueos. “Se eles estiverem apenas 100 anos à nossa frente, já terão a
capacidade tecnológica necessária, e o transporte pelo universo será
algo corriqueiro”, conclui.
Fonte: Terra
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