Fóssil pertence a uma preguiça gigante que media aproximadamente 5 metros (Foto: Juan Cisneros)
Pesquisador afirma que na região podem ser encontradas outras espécies de fósseis (Foto: Juan Cisneros)
Paleontólogo diz que fóssil é incomum e pertence a animal de 5 metros. Fóssil foi encontrado na cidade de Corrente, no extremo Sul do Piauí.
Pesquisadores encontraram um fóssil de uma preguiça gigante na cidade de Corrente, localizada no extremo Sul do Piauí,
a 874 km de Teresina.
De acordo com o paleontólogo e professor da
Universidade Federal do Piauí (UFPI), Juan Carlos Cisneros, o fóssil
encontrado é incomum e pertence a um animal que media aproximadamente 5
metros e que viveu no período popularmente conhecido como a ‘Era de
Gelo’.
Segundo o paleontólogo, o fóssil é de um animal que provavelmente
pertence ao gênero Eremotherium.
“A descoberta desse fóssil é inusual. A
maioria de fósseis de animais que viveram no Brasil durante o
Quaternário é encontrada no fundo de lagoas ou cacimbas, e no interior
de grutas. O novo achado não se enquadra nessas categorias, ele foi
encontrado na margem de um grotão, o que chama muito a atenção”,
destacou.
Juan diz que a descoberta do fóssil vai ajudar a compreender melhor como
era o ambiente do Nordeste no passado, no período da ‘Era de Gelo’.
“Cada fóssil que é descoberto ajuda a reconstruir a história do nosso
planeta”, completou.
As informações sobre o fóssil chegaram até o Prof. Dr. Paulo Auriccio dois anos atrás. Juan explica que na época o docente trabalhava na cidade de Bom Jesus, também na região Sul do estado e durante um congresso ouviu falar de uma pessoa que tinha encontrado um osso de grande porte em Corrente.
“Ele decidiu investigar e entrou em contato com a pessoa que realizou
esse achado. O fóssil era conhecido por alguns trabalhadores da região,
pois no local do achado era realizada a extração de argila para a
fabricação de telhas (agora desativada), no fundo desta argila jaziam os
ossos da preguiça gigante. Ele foi até o local e constatou a ocorrência
de fósseis”, contou.
Após a fase de limpeza e conservação dos fósseis no laboratório de Paleontologia da UFPI, que deve durar vários meses, serão apresentados resultados em congressos e em revistas técnicas. “Planejamos também exibir os fósseis no Museu de Arqueologia e Paleontologia da UFPI”, disse o professor.
A expedição na cidade de Corrente teve início na semana passada e contou com estudantes do curso de Arqueologia da Universidade Federal do Piauí e da Universidade Federal de Pernambuco.
Ainda de acordo com o
pesquisador, há possibilidades de mais espécies de fósseis na região e a
equipe planeja outras expedições.
Fonte: G1
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