Reconstituição do Anhanguera blittersdorffi, uma das espécies brasileiras aparentadas com fósseis ingleses
Cientistas do Espírito Santo e Rio de Janeiro publicaram estudo que mostra diversidade dos répteis voadores pré-históricos precursores das aves.
Por causa deste trabalho, Taissa Rodrigues, da Universidade Federal do Espírito Santo e seu orientador, o paleontólogo Alexander Kellner do Museu Nacional do Rio de Janeiro, acabaram publicando uma análise das espécies do Reino Unido, publicada na edição desta semana do periódico Zookeys.
Os mais de 30 espécimes estudados foram reorganizados em 14 espécies e cinco gêneros, uma diversidade que os surpreendeu: “São animais com crista, sem crista, de dentes pequenos, dentes grandes, asas de envergadura de sete metros e outros bem pequenos, do tamanho de um gavião”, afirmou ao iG .
Mas uma dos maiores méritos do trabalho de Tássia foi estabelecer o parentesco entre um grupo de 11 pterossauros brasileiros, reunidos em um grupo chamado por ela de Anhangueria e seis ingleses e um chinês. Todos eles viveram por volta de 110 milhões de anos atrás, em um período em que os continentes já haviam se separado.
A explicação para o fenômeno não é simplesmente um movimento migratório. “Se eles migrassem, como as aves fazem atualmente, seriam todos a mesma espécie, e não é o caso”, explica Taíssa.
Para a paleontóloga, a causa deve ser um ancestral em comum de todas estas espécies, ainda não descoberto. “O registro fóssil é incompleto. Se eu tivesse condições de estudar fósseis na África ou Austrália, com certeza acharia outras espécies aparentadas”, diz a cientistas.
Fonte: IG
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