A onda de choque provocada por um meteorito que caiu sobre a região dos Montes Urais, na Rússia, foi tão forte que sua força "viajou" duas vezes em torno da Terra, afirmaram os pesquisadores em um estudo publicado na última semana no jornal "Geophysical Research Letters".
A rocha de 10 mil toneladas, com aproximadamente 16,7 metros de diâmetro, provocou um enorme buraco em um lago congelado, ao se chocar contra o solo em fevereiro, além de ter causado ferimentos em quase 1500 pessoas.
Os tremores da explosão sobre a cidade de Chelyabinsk foram detectados por aproximadamente 20 estações de monitoramento ao redor do mundo, de acordo com informações divulgadas na última sexta-feira.
Estas estações fazem parte de uma rede de monitoramento internacional operada por conta do Tratado para a Proibição Completa dos Testes Nucleares (Comprehensive Nuclear-Test-Ban Treaty, em inglês).
O objetivo desta rede é detectar testes com armas nucleares e procurar por frequências sonoras muito baixas, conhecidas como infrassom, de acordo com reportagem do jornal "The Independent".
De acordo com o que foi divulgado, foi a primeira vez que todas as estações gravaram "múltiplas chegadas de ondas que viajaram duas vezes em torno do globo". As equipes de pesquisadores disseram que essas ondas foram as "mais poderosas jamais registradas".
Desde que o meteorito se chocou contra a Terra em fevereiro, os cientistas encontraram mais de 50 pequenos fragmentos do meteoro, o que permitiu que muitos dados fossem coletados sobre o objeto.
Por sorte, não houve um choque direto dos detritos contra a cidade industrial de 1,3 milhão de habitantes. Contudo, o pânico se espalhou rapidamente pelas ruas quando um rastro de fogo e luz cortou o céu da cidade e, em seguida, aconteceu um clarão, do estilo cegante, típico de uma grandes explosão nuclear.
Fonte: The History Channel
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