sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Estranho sarcófago de chumbo descoberto na antiga metrópole de Gabii, Itália.


 
 
Um estranho sarcófago com 1700 anos foi descoberto na antiga metrópole de Gabii, na Itália. Os arqueólogos dizem que poderia ser de um gladiador ou de um dignitário cristão.
 
 
O túmulo foi encontrado numa cova de cimento tapada e o caixão é incomum – feito de chumbo e apenas algumas centenas de funerais romanos deste gênero são conhecidos.


O cadáver surgiu embrulhado, com 362 quilogramas de chumbo em cima – o que pareceu bastante estranho a Jeffrey Becker, arqueólogo da McMaster University (EUA) e responsável pelo Projeto Gabii. 
 
A maioria dos sarcófagos é semelhante a antigas “caixas de biscoito”, moldados “de forma retangular, com uma tampa por cima”, explicou.


Abrir o caixão poderia oferecer novos avanços sobre uma civilização poderosa que tem sido esquecida durante séculos. Esta foi uma das maiores descobertas em Gabii (a 18 quilômetros de Roma), recentemente, e Becker e a sua equipa receberam uma verba para o projeto da National Geographic Society’s Committee for Research and Exploration.


Gabii foi fundada no século X a.C, e foi abundante durante séculos. Pode ter sido um pouco como Roma, onde a população fez da cidade densa, barulhenta, segundo Becker. O arqueólogo refere que por volta do século I e II d.C. foi-se contraindo e que no século IX já quase não restava nada, mas as causas para o seu desaparecimento não são claras.


No entanto, os especialistas consideram que o mais óbvio é o fato de a expansão de Roma e ambições territoriais terem eventualmente contribuído. 
 
 
Os mistérios sobre Gabii tornam a descoberta ainda mais intrigante. Vários enterros semelhantes, encontrados pela Europa, continham soldados, membros da elite cristã e gladiadores do sexo feminino.


 
Mistérios e perigos


Becker considerou ainda estranho o lugar onde foi encontrado o sarcófago. A mentalidade religiosa da época tinha muitos tabus e era contra enterrar mortos dentro dos limites da cidade.



“Alguns destes funerais era organizados de forma a conseguirem manter a preservação do tecido humano e cabelos; embora a abertura existente no sarcófago pode significar que o ar tenha acelerado de decomposição do corpo”, explicou o investigador.


Os exames preliminares revelaram que o osso do pé estava intacto. Os ossos podem dizer muito aos cientistas sobre uma pessoa ou a sua cultura. 
 
 
Contudo, a equipe de Becker pode não conseguir trabalhar diretamente no esqueleto, já que abrir o caixão poder ser muito perigoso. 
 
 
O pó de chumbo é cancerígeno e correm o risco de expor o corpo a bactérias que poderiam facilmente danificá-lo.


A Academia Americana fará experiências preliminares, incluindo um exame endoscópico através de uma pequena câmara de fibra óptica, no buraco existente junto ao pé visível e se ficar provado que o pó de chumbo pode ser facilmente contido, o próximo passo seria encontrar uma sala limpa, semelhantes às da Nasa, para abrir o caixão.



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