Esqueleto humano estudado pelo Grupep, em Tubarão. Equipe estima que ele date de três a quatro mil anos atrás
Sambaquieiro encontrado em Laguna começa a ser analisado nesta semana no Laboratório de Arqueologia da Unisul.
O sambaqui Cabeçudas 01, na cidade de Laguna, tem sido objeto de
pesquisa da equipe do Grupo de Pesquisa em Educação Patrimonial e
Arqueologia da Unisul (Grupep), em Tubarão, desde 2012.
De lá para cá,
são estudados 23 sepultamentos no sítio arqueológico. Essa semana teve
início a análise do último esqueleto humano encontrado, o único retirado
inteiro.
Segundo a auxiliar do Laboratório de Arqueologia da Unisul, Renata
Estevam da Silva, os sambaquis funcionavam como uma espécie de
cemitério, envolvendo um cerimonial e rituais funerários.
Segundo
Renata, o último sambaquieiro escavado encontrava-se na base do
sambaqui, indicando que ele foi o primeiro a ser sepultado. De acordo
com os estudos já desenvolvidos, estima-se que os sepultamentos
encontrados datem de três a quatro mil anos atrás.
Até o momento, determinou-se, através das características dos ossos,
que o sambaquieiro estudado era do sexo masculino e já estava em idade
adulta.
A partir daí, é possível determinar o tipo de alimentação e
eventuais doenças que acometiam essa população.
Por meio da análise de
outras peças anatômicas retiradas do sambaqui, pode-se também observar o
contexto histórico da época, em especial questões hierárquicas. O
mobiliário funerário e a posição dos corpos são fatores essenciais para
essa pesquisa.
Fonte: Tudo de Palhoça
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