quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Fósseis antigos estão confirmados entre os nossos primos mais estranhos



 
 
De acordo com novo estudo da Universidade de Adelaide, na Austrália, os ‘vetulicolians’ estão no mesmo grupo que inclui animais vertebrados, como nós.
 
 
Mais de 100 anos desde que eles foram descobertos, alguns dos fósseis mais bizarros do mundo foram identificados como parentes distantes dos seres humanos, como mostrou o trabalho de pesquisadores da Universidade de Adelaide, na Austrália. Os fósseis pertencem a criaturas aquáticas cegas de 500 milhões de anos de idade, conhecidas pelos cientistas como “vetulicolians”.
 
 
Parecidas com aliens, essas criaturas marinhas eram “filtradoras” e tinham formato do número 8. A anatomia estranha fez com que ninguém fosse capaz de colocá-las com precisão na árvore evolutiva, até agora.


Em um novo estudo publicado na revista “BMC Evolutionary Biology”, os pesquisadores da Universidade de Adelaide e do Museu da Austrália do Sul defendem uma mudança na forma como essas criaturas são vistas, colocando-as com o mesmo grupo que inclui animais vertebrados, como os seres humanos.


- Apesar de não estarem diretamente relacionadas aos seres humanos na linha evolutiva, podemos confirmar que essas criaturas aquáticas antigas estão entre os nossos primos distantes - diz o pesquisador e autor principal do artigo, Diego Garcia-Bellido.


De acordo com o pesquisador, os vetulicolians são parentes próximos dos vertebrados - animais com coluna vertebral, tais como nós. Eles têm uma longa cauda suportada por uma haste rígida que se assemelha a um notocórdio, precursor da coluna vertebral e único para os vertebrados e os seus parentes.


Embora as primeiras espécimes tenham sido estudadas em 1911, demorou até 1997 para os fósseis serem descritos como um grupo próprio: os vetulicolians. Esses fósseis já foram descobertos em diversos países, como Canadá, Groenlândia, China e Austrália.


As últimas conclusões sobre vetulicolians vieram de novos fósseis descobertos em Kangaroo Island, na costa da Austrália do Sul, que os investigadores chamaram “Nesonektris” (palavra grega para “Nadador da Ilha”).


- Vetulicolians são mais uma prova de que a vida era muito rica em diversidade durante o período Cambriano, em alguns aspectos mais do que é hoje, com muitos ramos extras na árvore evolutiva - diz Garcia-Bellido. - Eles eram criaturas simples, mas bem sucedidas, grandes em número e na distribuição em todo o mundo, e um dos primeiros representantes de nossos primos, que incluem as ascídias e salpas.

 
 
 
Fonte: O Globo

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