terça-feira, 23 de dezembro de 2014

A ciência consegue explicar os estigmas defendidos pela igreja?



Ao longo dos séculos pesquisadores têm se debruçado sobre a questão dos estigmas para responder à seguinte pergunta: será que alguém pode mesmo sentir, sem razão aparente, a dor de Cristo quando ele foi crucificado?


Os estigmas são baseados no relato bíblico da paixão e morte de Jesus. Tratam-se das marcas das cinco chagas sofridas na cruz. Elas surgem nas mãos, nos pés, nas costas (chibatadas) e na cabeça (coroa de espinhos). 


De acordo com a Igreja Católica, pessoas que procuram uma verdadeira identificação com Cristo, como os santos, manifestam as chagas.


Estas feridas podem ser visíveis ou invisíveis, permanentes ou não e sua ocorrência pode ser simultânea ou sucessivamente. Em torno de 300 pessoas já teriam recebidos os estigmas. Deste total, 60 foram canonizadas. 


O primeiro estigmatizado da história da Igreja foi São Francisco de Assis que, no dia 17 de dezembro de 1224, teve uma visão e recebeu os sinais. Contudo, o caso mais chamativo é o de São Pio de Pietralcina, que teve seus estigmas analisados por estudiosos, que não conseguiram explicar as marcas.


Se por um lado a fé permite acreditar nos estigmas, a ciência nega que eles existam. Para estudiosos, os estigmas seriam provocados por um fenômeno chamado dermografia - a produção de sinais na pele, como manchas ou desenhos produzidos por estados alterados de consciência. 


Para os mais céticos, tudo não passa de uma grande farsa ou uma grande confusão. Muitos defendem que, no caso de São Francisco de Assis, por exemplo, a explicação seriam os sintomas da hanseníase (lepra).




Fonte: History

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