Ao longo dos séculos pesquisadores têm se debruçado sobre a questão
dos estigmas para responder à seguinte pergunta: será que alguém pode
mesmo sentir, sem razão aparente, a dor de Cristo quando ele foi
crucificado?
Os estigmas são baseados no relato bíblico da paixão e morte de
Jesus. Tratam-se das marcas das cinco chagas sofridas na cruz. Elas
surgem nas mãos, nos pés, nas costas (chibatadas) e na cabeça (coroa de
espinhos).
De acordo com a Igreja Católica, pessoas que procuram uma
verdadeira identificação com Cristo, como os santos, manifestam as
chagas.
Estas feridas podem ser visíveis ou invisíveis, permanentes ou não e
sua ocorrência pode ser simultânea ou sucessivamente. Em torno de 300
pessoas já teriam recebidos os estigmas. Deste total, 60 foram
canonizadas.
O primeiro estigmatizado da história da Igreja foi São
Francisco de Assis que, no dia 17 de dezembro de 1224, teve uma visão e
recebeu os sinais. Contudo, o caso mais chamativo é o de São Pio de
Pietralcina, que teve seus estigmas analisados por estudiosos, que não
conseguiram explicar as marcas.
Se por um lado a fé permite acreditar nos estigmas, a ciência nega
que eles existam. Para estudiosos, os estigmas seriam provocados por um
fenômeno chamado dermografia - a produção de sinais na pele, como
manchas ou desenhos produzidos por estados alterados de consciência.
Para os mais céticos, tudo não passa de uma grande farsa ou uma grande
confusão. Muitos defendem que, no caso de São Francisco de Assis, por
exemplo, a explicação seriam os sintomas da hanseníase (lepra).
Fonte: History
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