Pesquisa indica presença significativa de mulheres nórdicas nas embarcações e processos de colonização.
A clássica imagem de um grupo exclusivamente masculino nas embarcações
Vikings pode estar equivocada. Um estudo que levou em consideração
amostras de DNA dos nórdicos sugere que as colonizações Vikings na
Europa podem ter tido mais "escapadas românticas" do que meros fins de
semana de bebedeiras.
O mapeamento mostra a importância das mulheres
durante o período de dominação escandinava sobre as ilhas britânicas,
durante a Idade Média.
Os cientistas descobriram que os homens Vikings contaram com uma
companhia significativa de mulheres em suas embarcações, quando
navegavam para lugares como o continente escocês, Shetland, Orkney e
Islândia - contrariando o estereótipo de grupos formados apenas por
homens, atacando festas com um mórbido apetite por estupro e saques.
Pesquisadores que analisaram o material genético - DNA mitocondrial herdado da mãe extraído de 80 esqueletos Viking desenterrados na Noruega - descobriram que as mulheres nórdicas desempenharam um papel central nos assentamentos Vikings estabelecidos na Grã-Bretanha e em outras partes do Atlântico Norte.
Até relativamente pouco tempo, pensava-se que sobretudo homens Vikings embarcavam em sua terra natal, na Noruega, Dinamarca e Suécia, para atacar povoados costeiros distantes.
No entanto, o estudo, que envolveu a reconstrução de 45 sequências de DNA mitocondrial, mostrou a importância da linhagem Viking feminina em espalhar o povo nórdico através dos mares do norte, disse a professora de Erika Hagelberg, da Universidade de Oslo.
- Isso parece apontar para a visão de que um número significativo de mulheres estavam envolvidas na conquista de ilhas menores, o que anula a ideia de que as ações deles envolviam apenas estupro e saques por homens fazendo algazarra - disse Erika.
- De fato, acredita-se que os vikings tomavam as mulheres locais (dos lugares onde eles desembarcavam), mas evidências indicam que as mulheres nórdicas também estavam envolvidas no processo de colonização.
Erika acrescentou que isso contradiz um ponto de vista no qual os ataques teriam sido motivados também por uma escassez de mulheres em casa.
O estudo, publicado na "Philosophical Transactions" da Royal Society B, comparou o antigo DNA mitocondrial dos esqueletos Viking, que datam cerca de 1.000 anos, ao DNA mitocondrial de pessoas que vivem hoje na Noruega, nas Ilhas Britânicas, na Islândia e em outras partes da Europa Ocidental.
Isso deu um panorama de como a linhagem materna nórdica se espalhou por toda esta parte do norte da Europa, mostrando que as mulheres Vikings, bem como os seus homens, desempenharam um papel crucial, disse Jan Bill professor, especialista em Vikings, da Universidade de Oslo.
- Tanto homens quanto mulheres participaram da colonização do Atlântico Norte. Não é que eles estavam importando várias mulheres como escravas que eram apanhadas ao longo do caminho, em lugares como Irlanda - disse Bill.
Ele reforçou que os vikings eram brutais, mas acrescentou:
- Sabemos que eles transportavam bovinos, ovinos e outros animais. Então por qual motivo não levariam as crianças também? Acho que estamos olhando para grupos familiares, em vez de apenas a homens e mulheres adultos.
Fonte: O Globo
Pesquisadores que analisaram o material genético - DNA mitocondrial herdado da mãe extraído de 80 esqueletos Viking desenterrados na Noruega - descobriram que as mulheres nórdicas desempenharam um papel central nos assentamentos Vikings estabelecidos na Grã-Bretanha e em outras partes do Atlântico Norte.
Até relativamente pouco tempo, pensava-se que sobretudo homens Vikings embarcavam em sua terra natal, na Noruega, Dinamarca e Suécia, para atacar povoados costeiros distantes.
No entanto, o estudo, que envolveu a reconstrução de 45 sequências de DNA mitocondrial, mostrou a importância da linhagem Viking feminina em espalhar o povo nórdico através dos mares do norte, disse a professora de Erika Hagelberg, da Universidade de Oslo.
- Isso parece apontar para a visão de que um número significativo de mulheres estavam envolvidas na conquista de ilhas menores, o que anula a ideia de que as ações deles envolviam apenas estupro e saques por homens fazendo algazarra - disse Erika.
- De fato, acredita-se que os vikings tomavam as mulheres locais (dos lugares onde eles desembarcavam), mas evidências indicam que as mulheres nórdicas também estavam envolvidas no processo de colonização.
Erika acrescentou que isso contradiz um ponto de vista no qual os ataques teriam sido motivados também por uma escassez de mulheres em casa.
O estudo, publicado na "Philosophical Transactions" da Royal Society B, comparou o antigo DNA mitocondrial dos esqueletos Viking, que datam cerca de 1.000 anos, ao DNA mitocondrial de pessoas que vivem hoje na Noruega, nas Ilhas Britânicas, na Islândia e em outras partes da Europa Ocidental.
Isso deu um panorama de como a linhagem materna nórdica se espalhou por toda esta parte do norte da Europa, mostrando que as mulheres Vikings, bem como os seus homens, desempenharam um papel crucial, disse Jan Bill professor, especialista em Vikings, da Universidade de Oslo.
- Tanto homens quanto mulheres participaram da colonização do Atlântico Norte. Não é que eles estavam importando várias mulheres como escravas que eram apanhadas ao longo do caminho, em lugares como Irlanda - disse Bill.
Ele reforçou que os vikings eram brutais, mas acrescentou:
- Sabemos que eles transportavam bovinos, ovinos e outros animais. Então por qual motivo não levariam as crianças também? Acho que estamos olhando para grupos familiares, em vez de apenas a homens e mulheres adultos.
Fonte: O Globo
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