sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Pesquisadores tentam provar que restos achados são de embarcação de Colombo



Pesquisadores da Universidade de Huelva vão apresentar um projeto perante a Unesco para investigar o restos de um navio achado no Haiti pelo arqueólogo submarino Barry Clifford, e ver se correspondem à "Santa Maria", na qual viajou Cristóvão Colombo.


Assim anunciou na terça-feira o professor Juan Antonio Morales, do grupo de Geociências Aplicadas e Engenharia Ambiental (GAIA), que junto com membros do de Mundialização e Identidade, serão os líderes do projeto, em entrevista coletiva que contou com a presença de Clifford.


Em 6 de outubro, a Unesco publicou um relatório no qual opinou que os restos achados diante da costa do Haiti não eram da "Santa Maria", mas de um navio mais velho.


Clifford explicou hoje que tudo começou no ano 2000 quando concedeu a sua equipe de pesquisa uma permissão para explorar a zona com o objetivo de encontrar os restos do navio, e para isso eliminaram mais de 400 anomalias detectadas em diversos documentos e cobriram uma zona de mais de 500 milhas náuticas lineais.


Como resultado destes trabalhos, foi encontrado em 2003, a cerca de oito quilômetros da antiga localização do Forte Natal, justo no lugar no qual Colón indicou que tinha ocorrido o afundamento, os restos de um navio e uma seção de canhões que levavam as embarcações do século XV.


"Qualquer pessoa poderia ter achado, só tinha que buscar no lugar correto", indicou o investigador que desde então e após constatar, através de estudos elaborados por pesquisadores da Universidade de Indiana (EUA.), que poderia se tratar da "Santa Maria", esteve empenhado para que esses restos fossem protegidos já que "atualmente são objeto de espólio e de deterioração".


No entanto, o pesquisador assegurou que não encontrou por parte da Unesco resposta para suas demandas, já que o organismo internacional entende que os restos não correspondem à "Santa Maria".


É por isso que Clifford pediu colaboração da Universidade de Huelva (sul da Espanha), que a partir de agora ficará à frente das pesquisas sobre estes restos.


A parte boa, segundo indicou Morales, é que a Espanha é signatária da Convenção da Unesco, e portanto garante que o projeto de pesquisa seguirá as recomendações e os padrões técnicos marcados pelo organismo internacional, e a partir de então pode ser aprovado.


Além disso, já enviaram uma carta ao presidente do Haiti para pedir autorização para realizar a pesquisa.


Morales considera de suma importância a contribuição dos geólogos para esclarecer se os restos são da "Santa Maria" ou de outro navio do século XV e que sejam protegidos pela Unesco, já que eles poderão determinar se as pedras que compõem os restos são espanholas, concretamente de Huelva ou Galícia, estudar as correntes para determinar as causas do afundamento e encontrar as antigas linhas do litoral. 




Fonte: UOL

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