sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Presos de Alcatraz podem ter sobrevivido a fuga, afirma estudo das marés











Os três prisioneiros que escaparam da prisão de Alcatraz, em São Francisco, na Califórnia (EUA), em uma das mais famosas e elaboradas fugas de prisões já registradas na história dos Estados Unidos, podem ter sobrevivido e chegado à terra, concluíram cientistas em um estudo recente.


Usando o mais recente software de hidráulica e informações sobre as marés na noite da fuga em 1962, três pesquisadores holandeses afirmaram que os três homens poderiam ter conseguido chegar ao lado norte da ponte Golden Gate se eles tivessem saído de Alcatraz entre 23h e meia-noite.


Se a fuga aconteceu antes das 23h, as fortes correntes da baía de São Francisco teriam arrastado-os para o oceano Pacífico e, consequentemente, para a morte, segundo o levantamento.


Funcionários da prisão e agentes federais insistiram, na época, que os presos – os irmãos John e Clarence Anglin, e Frank Morris - não conseguiram sobreviver à fuga, mas os seus corpos nunca foram encontrados, por isso a especulação de que tenham saído vivos da façanha perdura.


"Claro que isso não prova que eles sobreviveram. Mas, a informação mais recente e melhor modelagem hidráulica indicam que isso certamente é possível", afirma Rolf Hut, pesquisador da Universidade de Tecnologia Delft, na Holanda.


Os cientistas apresentaram as descobertas nessa terça-feira (16) durante conferência da União Americana de Geofísica, em São Francisco, na Califórnia (EUA).


Os três prisioneiros cumpriam sentença por roubo a banco quando fugiram em uma jangada construída com colheres roubadas da prisão, peças de manequim e uma capa de chuva. A façanha foi transformada no filme "Escape from Alcatraz", de 1979, estrelado por Clint Eastwood, no papel de Morris.

O agente federal Michael Dyke, que herdou o caso não resolvido em 2003, já havia dito à Associated Press que ele não sabia se algum dos três fugitivos ainda estava vivo, mas, que havia provas suficientes para que ele cogitasse isso.
  Uma das provas é o relato de que por vários anos a mãe dos Anglin recebeu flores entregues sem um cartão de identificação e que os irmãos foram ao seu funeral em 1973, disfarçados com roupas de mulher, apesar de uma presença pesada do FBI.


Para seu estudo, os cientistas holandeses simularam dezenas de lançamentos de barco a partir de diferentes pontos da ilha de Alcatraz, a cada 30 minutos entre 22h e 4h, em condições parecidas com a da noite da fuga. Eles também consideraram a possibilidade de que os presos podem ter remado.


A teoria estudada também considera que, dadas as condições, os destroços da jangada improvisada deveriam se levados pela água até outra ilha da baía.


Os pesquisadores contaram que não tinham a intenção de estudar a fuga de Alcatraz e que o projeto foi inicialmente concebido para analisar riscos de inundação para grandes instalações industriais na baía.


Vêr Também:  O mistério da maior fuga de Alcatraz continua 50 anos depois




Fonte: BOL

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