terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Reencarnação: mito ou verdade?



Diversas evidências coletadas fizeram os cientistas refletirem sobre a reencarnação (Shutterstock)


Estudo de três casos.

Reencarnação. Fato, falácia, superstição ou simples coincidência? Essas histórias de pessoas com super mentes; mentes que mergulham no passado, que têm o poder de mover objetos e perceber coisas que o resto de nós não consegue perceber com os sentidos comuns; mentes que operam de forma independente do corpo. 
 
 
Desde tempos antigos, esses enigmas têm intrigado as pessoas. Porém, foi apenas na década de 70 que os cientistas, os detetives da mente, começaram a entender algo sobre os mistérios do que ocorre dentro de nós.


Nós temos apenas uma vida, ou várias? Você já experimentou a sensação de déjà vu ou uma sensação de “estive aqui antes”? De acordo com os detetives da mente, nós temos vivido muitas vidas anteriores a esta e vamos nascer novamente, em outras formas, até chegarmos a um estado absoluto.


Aqui estão três casos interessantes da experiência de especialistas sobre o tema de reencarnação.


 
 
Caso 1 – As gravações de Bloxham


 
 
Diversas evidências de reencarnação foram relatadas no livro “Mais do que uma vida?” escrito por Jeffrey Iverson (Divulgação)


Arnall Bloxham era um hipnoterapeuta galês da década de 70 que, ao longo de um período de 20 anos, hipnotizou algumas centenas de pessoas, e registrou o que parecia ser descrições de vidas anteriores. As gravações de Bloxham comprovam a reencarnação ou elas podem ser explicadas de alguma outra maneira? 
 
 
Arnall Bloxham é um especialista em algo que os hipnotizadores chamam de “regressão de vidas passadas”. 
 
 
Sob hipnose, ele pode levar uma pessoa de volta ao momento em que ela nasceu, ou até além disso. Bloxham era o presidente da Sociedade Britânica de Hipnoterapeutas, e ele usava a hipnose para curar pessoas com transtornos físicos, como por exemplo, fumar.


O que acontece durante seus experimentos em regressão hipnótica desafia a lógica humana. Seus clientes podiam relatar, em mínimos detalhes, vidas de pessoas que existiam há centenas de anos atrás.


Por incrível que possa parecer. Bloxham produziu cerca de 400 gravações de indivíduos hipnotizados revivendo suas vidas anteriores. 
 
 
Além disso, muitos registros detalhados e referencias cruzadas destas gravações, foram comprovadas como fatos. De acordo com Bloxham, esta significativa evidência apoia fortemente a antiga crença de que a reencarnação é verdade.


Um dos casos de maior repercussão de Bloxham é o de Jane Evans. A regressão de Jane em suas vidas passadas começou em 1971, quando viu um cartaz que dizia: “Arnall Bloxham diz que reumatismo é psicológico”. Jane, uma dona de casa galesa, de 32 anos, que sofria de artrite reumatoide, achou a declaração incrível, então ela decidiu entrar em contato com o homem responsável por este cartaz. 
 
 
E ela o fez, através de um amigo de seu marido. E, finalmente, entrou em contato com seis de suas vidas passadas. Elas eram: a esposa de um tutor durante o tempo dos Romanos; uma Judia que foi massacrada no século 12 em York; um servo de um príncipe do mercado medieval Francês; uma dama de honra de Catherine De Aragon; um pobre servo em Londres durante o reinado da Rainha Anne; e uma freira que vivia na América no século 19.


A história de Jane Evans, e vários outros exemplos de reencarnação, foram trazidos à luz pelo produtor de televisão da BBC, Jeffrey Iverson em seu livro “Mais do que apenas uma vida?”. 
 
 
Em 1975, na busca de verificação da teoria da reencarnação, Iverson perguntou pela permissão de Jane para que Bloxham a hipnotizasse novamente em regressão, desta vez com a presença de uma câmera da BBC. Iverson em seguida, partiu para descobrir se ela teve, de fato, mais vidas do que uma.


Iverson pesquisou o detalhe destas vidas e verificou que os detalhes das regressões de Jane Evans foram realmente fundados em fatos. 
 
 
No final do livro, ele considera que os vinte anos de trabalho de Bloxham significou um forte apoio para o conceito de reencarnação. Ele também produziu um documentário para a BBC, chamado “As gravações de Bloxham”.


 
 
Caso 2 – Os Cátaros de Arthur Guirdham


 
 
O Dr. Guirdham reuniu um grupo de pessoas que acreditavam ser membros da seita cátaros durante a Idade Média (Reprodução)

Os céticos atribuem a este fenômeno o que os detetives da mente chamam de “criptomnésia”, um termo que significa lembrar de fatos que você nem lembrava que conhecia! Se uma memoria tão distante pode ser selecionada da mente de alguém, isso poderia explicar logicamente a suposta “reencarnação” de Jane Evans.


No entanto, para o Dr. Arthur Guirdham, outra grande autoridade Britânica da reencarnação, esta explicação não pode contar com os casos que ele viu e ouviu. O Dr. Guirdham relatou essas experiências em seus livros, “Somos outro alguém”, “Os Cátaros e a Reencarnação” e sua autobiografia, “Um pé em dois mundos”.


Dr. Guirdham, um Psiquiatra da Saúde Nacional aposentado do Reino Unido, lidera um pequeno grupo de pessoas que acreditam que eles eram Cátaros em suas vidas passadas, um grupo religioso herético que existiu na área de Languedoc, no sudoeste da França, no século 13.


O incidente que trouxe a teoria da reencarnação do Dr. Guirdham começou em Bath, em 1962, no ambulatório de um hospital, onde o Dr. Guirdham trabalhava como psiquiatra. 
 
 
Seu ultimo paciente, em um dia peculiar, era uma atraente jovem que tinha um pesadelo recorrente, desde a sua adolescência, mas agora estava experimentando isso de duas a três vezes por semana. Em seu sonho, ela estava deitada de costas no chão, enquanto um homem se aproximava dela por trás. Ela não sabia o que ia acontecer, mas ficava absolutamente aterrorizada.

Embora o Dr. Guirdham tenha permanecido calmo e distante, ele teve que esconder sua surpresa ao ouvir que sua nova paciente estava descrevendo o mesmo pesadelo que também atormentava-o há mais de 30 anos. 
 
 
O médico ficou intrigado, mas não disse nada à sua paciente. Ela nunca teve o pesadelo novamente, e o Dr. Guirdham acabou com o pesadelo dentro de uma semana atendendo essa paciente.


Suas reuniões continuaram. O Dr. Guirdham estava certo que não havia nada de errado mentalmente com sua paciente e seu conhecimento do passado o intrigou. 
 
 
Mais tarde, ela lhe deu uma lista de nomes de pessoas que haviam existido no século 13 e descreveu coisas que aconteceram a eles. Ela também disse ao Dr. Guirdham, que ele também estava vivo e era chamado de Rogiet de Cruisot.


Como psiquiatra, o Dr. Guirdham tinha recolhido algumas informações básicas sobre a teoria da reencarnação, mas nunca teve muito interesse no assunto. 
 
 
No entanto, intrigado por este caso, ele decidiu investigar. Ele descobriu que os nomes dados a ele pela sua paciente eram de fato precisos, mas eram apenas mencionados em registros obscuros da Idade Média. Esses registros estavam escrito em francês, e nunca tinham sido traduzidos para o inglês. 
 
 
As pessoas que a paciente do Dr. Guirdham descreveu eram todas membros da seita Cátaros, um grupo que havia florescido no sul da França e no norte da Itália durante a idade média. Entre outras coisas, os cátaros acreditavam em reencarnação. Ao longo do tempo, o Dr. Guirdham encontrou mais e mais pessoas, 11 no total, que tiverem suas memórias de suas vidas passadas juntas em um grupo de cátaros.


Nenhum dos indivíduos foram drogados ou hipnotizados; nomes e incidentes simplesmente apareciam em suas mentes, disse o Dr. Guirdham. Ele também produziu uma das obras mais notáveis da evidencia que ele tinha. 
 
 
Era o bloquinho de notas de uma menina de sete anos de idade, com desenhos de uma época passada. O bloco também contém muitos nomes de membros da seita Cátaros. Espantado, Dr. Guirdham disse, “Está além de mim como uma criança de sete anos poderia saber esses nomes, já que não há nenhum especialista de história medieval na Inglaterra”.


A enorme quantidade de memórias, nomes e contatos convenceram o médico de que ele e seu grupo haviam vivido juntos, e não apenas uma, mas várias vidas anteriores. 
 
 
Ele disse: “Com 40 anos de experiência na medicina, ou eu sei diferenciar a experiência de um clarividente com a de um esquizofrênico ou eu sou um psicótico. Nenhuma das pessoas em meu grupo é louca, e nenhum de meus colegas me acha psicótico”. 
 
 


Caso 3 – Dr. Ian Stevenson, Universidade de Virgínia

 
O falecido Dr. Ian Stevenson, Fundador da Divisão de Estudos Perceptuais (Cortesia/Universidade de Virginia)


Se fôssemos listar os maiores especialistas em reencarnação, o Dr. Ian Stevenson, professor de psiquiatria da Universidade de Virgínia, certamente estaria nessa lista. 
 
 
Ele tem viajado por todo o mundo para investigar vários relatos de reencarnação, e criou um rigoroso teste para detectar se é fraude, criptomnésia ou outra coisa. 
 
 
De 200, apenas 20 casos sobreviveram a este duro teste do Dr. Stevenson e foram dados como possíveis casos de reencarnação. Sete destes casos ocorreram na Índia, três no Sri Lanka, dois no Brasil, um no Líbano e sete numa tribo de índios no Alasca.


Tomemos o caso de uma menina muito jovem, nascida em 1956, no centro do Sri Lanka, chamada Gnantilleka Baddewithana. Assim que ela aprendeu a falar, ela começou a mencionar outros pai e mãe e também outros dois irmãos e muitas irmãs.


A partir dos detalhes que a menina deu, seus pais foram capazes de ajustar as descrições dela a uma família em uma cidade não muito longe. 
 
 
Eles descobriram que essa família tinha perdido um filho em 1954. Quando Gnantilleka foi levada para visitar esta família, ela disse que era o filho morto deles e reconheceu corretamente sete membros de “sua” família. Porém, até então, as famílias nunca tinham se encontrado antes. 
 
 


Conclusão 
 


Os céticos podem descartar a ideia de que a teoria da reencarnação seja falsa, enquanto os desacreditados podem defini-la como uma superstição infundada.


Independente de você acreditar ou não, desde tempos imemoriais, as religiões orientais, como o budismo e o taoismo, têm defendido a teoria da reencarnação. 
 
 
Eles acreditam na teoria da causalidade, ou seja, a conexão entre a causa e o efeito. Eles acreditam que as pessoas terão de prestar conta de todas as boas e más ações cometidas nesta vida presente. Porém, quem é o responsável por tomar nota de todas as ações?


A teoria diz que as forças naturais da lei Cósmica, também chamada de lei da natureza, toma conta disto. As ações de uma pessoa, sejam ela boas ou más, irão manifestar seus efeitos na vida presente ou numa próxima, como boa fortuna ou retribuição, e assim por diante, de acordo com o caso em si.


Os ateus provavelmente considerem essa teoria como um exemplo de “síndrome fatalista”. Os ateus acreditam que a vida é o que se faz dela; o destino de alguém está em suas próprias mãos.


Ao contrário, Taoistas acreditam que uma pessoa colhe o que semeou. Talvez, isso explique uma das teorias do Taoismo sobre os oito tipos de destino da reencarnação; tais como, a riqueza vs pobreza, honra vs humildade, longevidade vs vida curta, e assim por diante.


Talvez esta também seja a razão do Budismo ter promovido a teoria dos “seis caminhos do samsara(reencarnação)”, começando há cerca de 2,5 mil anos atrás até os dias de hoje.


E também essa pode ser a razão de um conselho muitas vezes dado pelos nossos antepassados e pais: “Boas ações serão recompensadas com virtude e más ações trarão retribuição”.
 



Fonte: Epoch Times

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