sexta-feira, 6 de março de 2015

Lendária civilização perdida é encontrada embaixo de uma floresta em Honduras



A Cidade do Deus Macaco. “La Ciudad Blanca”, ou A Cidade Branca. Estes são nomes dados à lendária cidade perdida que teria existido em uma floresta intocada em Honduras – e National Geographic encontrou evidências de que ela realmente existiu.


Uma expedição retornou esta semana de uma localização remota — e secreta — de Honduras, onde não foi só confirmado o rumor da existência da cidade, mas de uma civilização inteira. Uma civilização tão nova aos arqueólogos que ainda nem recebeu um nome. É uma descoberta incrível; mas antes de entrarmos em detalhes, vamos dar uma olhada no histórico do local.


O que é a Cidade do Deus Macaco?


Por muito tempo, ela foi só um rumor: uma cidade perdida localizada dentro de uma floresta em La Mosquitia, na costa leste de Honduras. Ela vem sendo procurada há centenas de anos por exploradores. 


Dizem que a cidade era formada por uma comunidade pré-colombiana de tamanho e riqueza consideráveis, e que existiu 1.000 anos antes de Cristo. O apelido “Cidade do Deus Macaco” se originou de um explorador americano que afirmou ter ouvido o nome de habitantes locais durante uma expedição.






Por que ela nunca foi encontrada?


Em primeiro lugar, a área onde a cidade se encontra é incrivelmente remota. Assim como diversas florestas tropicais, ela é um território inóspito para exploradores, especialmente para aqueles que não sabem o que estão procurando – mas os supostos avistamentos continuaram.


A alegação mais famosa sobre a cidade veio de um homem chamado Theodore Morde, cuja descoberta — não confirmada — foi noticiada pelo New York Times nos anos 1940, como pode ser visto na imagem acima.


Mas também existiram muitas outras alegações notáveis. Em um livro sobre a expedição de Morde, chamado Jungleland: A Mysterious Lost City, a WWII Spy, and a True Story of Deadly Adventure, o autor Christopher Stewart enumera algumas:


 Em 1928, em um voo sobre a América Central, Charles Lindbergh avistou uma série de ruínas brancas — “uma incrível metrópole antiga”. Anos depois, o antropólogo W.D. Strong alegou ter encontrado diversos artefatos abandonados próximos à bacia de um rio e que, durante os seis meses de expedição, ouviu “muitas histórias sobre ruínas arqueológicas”. Não muito depois, S.J. Glassmire, um engenheiro de mineração e garimpeiro de ouro do Novo México, anunciou que havia encontrado uma cidade perdida com “13 quilômetros quadrados” e “pedras de calcário desmoronando”.


Por décadas, pareceu que a Cidade do Macaco de Ouro permaneceria para sempre uma história de rumores sem fundamentos.


Então o que mudou?


Bem, a tecnologia mudou. Graças ao LIDAR, que mede distâncias iluminando um alvo com um laser e analisando a luz refletida, arqueólogos podem ver a Terra de formas completamente novas. Para gerar um modelo 3D bastante preciso da superfície da Terra, a tecnologia envia feixes de laser a partir de um avião, passando pela folhagem da floresta e qualquer forma de vida.


Em um artigo para a New Yorker em 2013, Douglas Preston — quem inclusive escreveu o artigo da National Geographic desta semana — acompanhou uma equipe que usava o Lidar na área que supostamente deveria abrigar a cidade perdida, e testemunhou a revelação de imagens detalhadas de pilares e piramides construídos pelo homem. É uma evidência bem real de uma cidade perdida e, conforme explicou Preston, terá enormes implicações em como os arqueólogos entendem as civilizações pré-colombianas:


Antigas teorias diziam que o solo das florestas tropicais da América Central e do Sul era pobre demais para acomodar grandes populações, e aquelas áreas poderiam suportar apenas pequenas tribos de caçadores. Mas aparentemente, a Floresta Amazônica já abrigou sofisticadas civilizações agrícolas que desmataram enormes áreas para construir vilas, cidades e uma rede de ruas e canais.


Embora a cidade tivesse finalmente sido descoberta pelo ar, ela ainda precisava ser confirmada em terra.








E agora?


Bem, conforme Preston explica, a maior dificuldade agora é proteger a cidade de ladrões e do crescente desmatamento. Uma vez que a cidade esteja protegida, começará o processo de catalogar e estudar as ruínas.







É incrível como o advento da tecnologia ajudou a descobrir uma civilização perdida inteira: apenas imagine quais outras cidades perdidas e histórias irão emergir, conforme o lidar e outras tecnologias se tornam cada vez mais comuns para os arqueólogos.





 
 Fonte: Gizmodo

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