Pesquisadores da Universidade Dali, na China, descobriram uma nova
espécie de macaco. O animal vive na região sudeste do Tibete e se
distingue de outras quatro espécies de primatas da região por ter um
formato arredondado de pênis e um saco escrotal escuro -- enquanto os
demais possuem um pênis em formato de espada e saco escrotal branco.
O novo macaco, batizado de Macaca leucogenys,
vive em uma área que percorre florestas tropicais a uma altitude de
1395 metros até 2.700 metros em florestas de pinheiros. Ele é encontrado
no estado tibetano de Modog e, segundo os pesquisadores, havia ficado
durante todo esse tempo desconhecido por ser uma área de disputa
política.
"Essa é uma área que tem sido pouquíssimo explorada
cientificamente, devido a conflitos políticos", afirma Paul Garber,
editor-executivo do "American Journal of Primatology", no qual a
descoberta foi anunciada na segunda-feira (13).
De acordo com
o pesquisador Chao Zhao, do Instituto de Pesquisa de Biodiversidade do
Leste do Himalaia, que pertence à Universidade Dali, que trabalhou no
estudo, "a descoberta dessa nova espécie sugere que talvez haja outras
espécies ainda não conhecidas na área".
"Até agora, o macaco havia sido identificado como Assamese (Macaca assamensis)
porque não havia fotos ou bons espécies à disposição", informou Pengfei
Fan, um dos pesquisadores responsáveis pela descoberta.
A
façanha foi conseguia pelo fotógrafo Cheng Li, que integra a Expedição
de Imagem de Biodiversidade em Pequim. Ele instalou armadilhas com
câmeras pela floresta na expectativa de captar boas imagens. No total,
Li conseguiu 685 fotos de vários macacos.
Quando os pesquisadores observaram as fotos, eles perceberam que os primatas possuíam características distintas.
Juntamente com o anúncio da descoberta, veio outra notícia preocupante.
"Esse macaco está ameaçado de extinção por caçadores ilegais e pela
construção de hidrelétricas em áreas próximas", disse Chao Zao.
"A descoberta desta nova espécie de primata só aumenta a importância do
estudo da conservação da biodiversidade no sudeste do Tibete e a
necessidade de mais pesquisas, estudos e proteção ambiental para a
área", disse.
Fonte: UOL
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