Acredita-se que é a primeira vez que o EI executa uma mulher na Síria por crimes de 'bruxaria' e 'feitiçaria'. Um feiticeiro (foto) foi executado ao lado de seus encantamentos no mês passado
O EI também têm como alvo pessoas por suposta bruxaria na Líbia. Novas fotos surgiram no mês passado de um homem sendo executado perto de Benghazi
Foi a primeira vez que o grupo terrorista decapitou mulheres civis em
público. Os seus maridos tiveram o mesmo destino, tendo as quatro
pessoas sido julgadas por “procurar remédios” através de “magia”.
Quatro pessoas foram decapitadas, nos últimos dois dias, na Síria,
por membros do grupo terrorista autodenominado Estado Islâmico.
O
Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) informou, esta
terça-feira, que duas mulheres e os seus respectivos maridos foram
condenados à morte por decapitação, acusados de “procurar e utilizar
remédios para a saúde”, através de atos “feitiçaria e magia”.
“É a primeira vez que a decapitação de mulheres
em público, pelo uso da espada, tem lugar na Síria”, disse à Al-Jazeera
Rami Abdel Rahman, director do OSDH, organização com sede no Reino Unido
e que se dedica à monotorização dos direitos humanos no território
sírio.
As decapitações aconteceram na cidade de Mayadin, situada na
província síria de Deir Ezzor, onde um dos casais foi condenado à morte
no domingo, desta forma, e o outro na segunda-feira.
A televisão
britânica BBC e a Al-Jazeera noticiaram que não é a primeira vez que o
Estado Islâmico decapita mulheres, uma vez que, no ano passado, se
verificaram algumas execuções deste tipo de mulheres curdas combatentes.
De qualquer forma, as decapitações destas duas mulheres, reportadas
pelo OSDH, são os primeiros casos civis tornados públicos.
Segundo
o OSDH, as quatro pessoas foram acusadas pelos membros do Estado
Islâmico de “procurar e utilizar remédios para a saúde, através de
feitiçaria e magia”.
A condenação de pessoas sob acusação de feitiçaria,
não é um exclusivo do Estado Islâmico, esclarece a BBC. “As autoridades
da Arábia Saudita também já condenaram homens e mulheres por acusações
semelhantes”, refere a notícia publicada pela estação pública britânica.
O OSDH informou
ainda a agência AFP que tinha tido acesso a um vídeo que mostrava um
“carrasco, mascarado (…) a proclamar uma oração, antes de decapitar, com
um só golpe, um casal ajoelhado”.
Fonte: Público
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