quinta-feira, 2 de março de 2017

Bruxas levantam-se contra Trump num ritual de “magia de resistência”



A oposição a Donald Trump chegou ao mundo dos espíritos! Foi criado um movimento que reúne bruxas e feiticeiros numa “magia de resistência” universal para tentar afastar o presidente dos Estados Unidos do seu posto. 


Adeptos e praticantes de feitiçaria reuniram-se, pela primeira vez, no passado dia 24 de Fevereiro, num ritual de bruxaria que tem por objetivo afastar Trump da Casa Branca. 


Este primeiro ritual, realizado à meia-noite, foi o pontapé de partida deste movimento que inclui a entoação de encantamentos e o queimar de uma fotografia do Presidente com uma vela.


Não se sabe quem teve a ideia de criar esta “magia de resistência”, mas o escritor Michael M. Hughes, que escreve sobre temas como o paranormal, extraterrestres, Tarot, magia e esoterismo, tem sido o rosto da iniciativa. 


No seu blogue, o autor, que se assume como um “pensador mágico”, explica alguns detalhes do ritual, nomeadamente um texto intitulado “Um feitiço para amarrar Donald Trump e todos os que o apoiam” e que inclui a seguinte frase: “Chamo-te para amarrar Donald Trump para que os seus trabalhos malignos possam falhar completamente, para que ele não possa fazer mal a nenhuma alma humana, nem a nenhuma árvore, animal, pedra, riacho ou mar”. 


No Facebook, foi também criado um grupo que apela à prática desta “resistência mágica”, notando que o “ritual de ligação em massa” deve ser realizado à meia-noite, “em cada Quarto Minguante da Lua, até Donald Trump ser removido do posto”. 


Pelas redes sociais várias pessoas partilham vídeos do ritual que deve incluir, segundo a descrição de alguns sites, uma foto pouco lisonjeira de Trump, a carta da torre do Tarot, um pequeno toco de uma vela cor-de-laranja e um pin ou algo pequeno para inscrever o nome do governante, uma vela branca, uma pequena taça com água e outra com sal, uma pena, fósforos ou um isqueiro, um cinzeiro ou um prato de areia.

Cristãos conservadores falam em satanismo


Quem não está a gostar nada deste movimento de bruxaria contra Trump, são os católicos conservadores norte-americanos, reporta o jornal britânico The Independent


O fundador da Aliança Cristã Nacional, Kevin Ambrose, associa os rituais a práticas satânicas. 


Ora Michael M. Hughes, que se diz um bom católico, refuta quaisquer associações ao satanismo e, em declarações ao blogue False Witness, refere que se trata de “um movimento multifacetado”, cujo objetivo é “levantar-se pela liberdade humana, pela justiça social, pela gestão ambiental, pela proteção de criaturas não humanas, pela não violência, pela paz e pela igualdade”. Tudo temas muito apreciados por Jesus Cristo, conforme destaca o escritor. 


O autor ainda nota que estão em causa “testemunhos artísticos” e “atos espirituais” que constituem uma “auto-defesa” contra “os ataques à Constituição, às liberdades civis, ao ambiente, aos marginalizados, aos imigrantes, aos pobres”. 


A Casa Branca ainda não se pronunciou sobre esta nova vaga de oposição e Donald Trump não parece particularmente preocupado com o poder dos espíritos.


Fonte: ZAP

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