quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Apresentador de tv libanês condenado à morte por bruxaria na Arábia Saudita

Decapitação na Arábia Saudita


Um homem foi condenado à morte por decapitação na Arábia Saudita porque fez previsões na televisão.

Ali Sibat, 46, não é sequer um cidadão da Arábia Saudita. O libanês foi apenas visitar a Arábia Saudita em peregrinação, quando foi preso em Medina no ano passado.

Um tribunal da cidade condenou-o por bruxaria em 9 de novembro. A única prova apresentada no tribunal teria sido a alegação de que ele apareceu regularmente na televisão libanesa Sherazade, transmitida por satélite, dando conselhos gerais sobre a vida e fazendo previsões sobre o futuro.

O caso está causando indignação entre os militantes dos direitos humanos, mas foi pouco divulgado em outros lugares, apesar da natureza ridícula das acusações e da extrema gravidade da pena de Sibat.

"Os tribunais sauditas estão sancionando literalmente uma caça às bruxas pela polícia religiosa ", disse Sarah Leah Whitson, diretora no Oriente Médio da Human Rights Watch.

" O crime de bruxaria está sendo usada contra todos os tipos de comportamento, com a ameaça cruel do estado sancionando as execuções. "

Simpatizantes de Ali Sibat dizem que a ele foi negado um advogado no julgamento e que foi levado a fazer uma confissão. Ele não é a única vítima da caça às bruxas na Arábia Saudita.

O Human Rights Watch diz que outras duas pessoas foram presas por acusações similares somente no mês passado.

Um tribunal inferior em Jeddah começou o julgamento este mês de um saudita que foi preso pela polícia religiosa que o acusou de ter contrabandeado um livro de bruxaria.

Em outro caso, a polícia religiosa deteve por "bruxaria" e "charlatanismo" em 19 de novembro, um homem asiático, acusando-o de usar poderes sobrenaturais para resolver disputas conjugais e induzir outros a se apaixonarem por ele.

Em 2006, um tribunal condenou em Jeddah, Muhammad Burhan, um eritreu, por "charlatanismo", porque ele possuía uma caderneta de telefone escrita no alfabeto tigrínia, utilizado na Eritréia.

Defensores dos direitos humanos afirmam que os procuradores classificaram a caderneta como um talismã "e que o tribunal a aceitou como prova, condenando-o a 20 meses de prisão e 300 chibatadas.

Tradução: Carlos de Castro



Fonte: SkyNews/Los angeles Times



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