Longa enfrentou incêndios, greve e até úlcera do diretor desde seu anúncio. Nesta semana, técnicos se queimaram em explosão durante as filmagens.
Mortes no set, fenômenos naturais que atrapalham as filmagens e até mesmo assombrações. Tudo é levado em conta para um longa ganhar a fama de “amaldiçoado” – que o diga o roteiro nunca filmado de “Atuk”, famoso por “matar” os atores que se encantavam por ele: John Belushi, Sam Kinison, John Candy e Chris Farley estão nessa lista.
O candidato a maldito da vez é “O hobbit”, grandioso projeto de US$ 500 milhões de Peter Jackson que, nesta semana, voltou ao noticiário por conta de acidentes no set de filmagens.
Espécie de prólogo para a trilogia “O senhor dos anéis”, o novo filme já ensaiava havia dois anos para começar a ser rodado.
No início, houve incidentes aparentemente normais. Os estúdios da Warner Bros. e da MGM discutiram sobre cortes no orçamento, pois a última passava por problemas de caixa.
Detentora dos direitos de distribuição internacional do longa, a MGM tem de dividir os custos com a Warner.
Só esse imbróglio levou cerca de um ano e teve como saldo negativo a saída do diretor Guillermo del Toro do projeto.
A "bomba" caiu nas mãos de Jackson, que mais uma vez adaptará para o cinema o mundo de J.R.R. Tolkien.
O acordo aconteceu pouco tempo depois e nem houve tempo de comemorá-lo. No começo de outubro de 2010, um incêndio destruiu o Portsmouth Miniatures Studio de Wellington, o estúdio predileto de Jackson para filmar cenas usando miniaturas. Os efeitos de “King Kong” e o próprio “O senhor dos anéis” foram feitos lá.
Logo em seguida, no mesmo mês, milhares de neozelandeses saíram às ruas vestidos de elfos para pedir que os filmes fossem filmados no país.
“A Terra Média é aqui”, diziam os cartazes. O objetivo inicial sempre foi que “O hobbit” fosse gravado por lá, assim como “O senhor dos anéis”.
Mas um protesto de técnicos contra as condições de trabalho enfureceu o cineasta e enervou os produtores.
O jeito foi o governo intervir: o país aumentou os incentivos fiscais da produção, que usará seu departamento de publicidade para promover a Nova Zelândia como destino turístico. Estima-se que o pequeno país da Oceania fature US$ 1,5 bilhão com os filmes.
Úlcera do diretor
A partir de então a calmaria tomou conta do projeto. Jackson, enfim, anunciou a data do começo das filmagens: janeiro de 2011. Certo? Errado.
No final do mesmo mês, o diretor precisou ser operado às pressas de uma úlcera estomacal, o que novamente adiou as gravações para março.
Certo? Certo. Tudo novamente parecia transcorrer bem, até que uma explosão em um estúdio provocou queimaduras em dois funcionários técnicos nesta semana.
Fonte: G1
Vêr no Blog : Os filmes malditos
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