Coincidências existem? Para céticos e matemáticos como o dr. Warren Weaver, que foi matemático e perito em probabilidades, as coincidências são regidas pelas leis do acaso e não estão ligadas ao fantástico ou ao paranormal. São meros acontecimentos casuais.
Para o dr. Paul Kammerer, biólogo, que publicou em 1919, Das gesetz der Serie ( A lei da serialidade), o primeiro estudo sistemático das coincidências, elas seriam a ponta do iceberg de um principio cósmico maior que a humanidade ainda não aprendeu a perceber.
O psicólogo Carl Gustav Jung e o físico Wolfgang Pauli, aprofundaram a teoria da serialidade de Kammerer e utilizaram o termo sincronicidade para explicar "os traços visíveis de princípios intraçáveis". Jung postulou que, fossem isoladas ou em séries, as coincidências eram manifestações de um principio universal pouco conhecido, que operaria independentemente das leis estabelecidas pela física.
O dr. Rupert Sheldrake, biólogo, desenvolveu a teoria dos campos mórficos, que seriam estruturas que se estendem no espaço-tempo e moldam a forma e o comportamento de todos os sistemas do mundo material.
Incidentes estranhos, bizarros, alguns aparentemente sem significado, são abundantes no dia a dia.
De repente o telefone toca, e na linha está alguém que você não via há tempos, mas que lembrou a meia-hora, ou um sonho ruim termina por se realizar como no caso de Júlio César Barbosa, músico dos Mamonas Assassinas, que teria previsto o acidente que vitimou o grupo.
Milhares de pessoas já passaram por experiências semelhantes. Haveria alguma explicação para eles além da mera coincidência?
Algumas coincidências muito bizarras
Quando Stephen King escreveu o romance Christine de 1983, sobre um carro dos anos cinqüenta que possuía vida própria, possivelmente baseou-se na história do Porsche Spyder do ator James Byron Dean, que morreu em 30 de setembro de 1955, em um horrível acidente automobilístico.
Quando os destroços do carro foram levados a uma oficina, o motor caiu sobre um mecânico, quebrando-lhe as duas pernas.
O motor então foi comprado por um médico, Troy McHenry, de Beverly Hills, que o colocou num carro de corrida, e ele morreu pouco depois. O porsche foi mais tarde consertado... e houve um incêndio na oficina.
Foi exposto em Sacramento, e caiu do suporte, quebrando a bacia de um jovem. Depois, no Oregon, o caminhão que transportava o carro derrapou e destruiu a vitrine de uma loja.
Finalmente, em 1959, o carro partiu-se em onze pedaços enquanto estava assentado sobre suportes de aço.
Charles F. Coghlan
Em 27 de novembro de 1899, morria em Galveston, durante uma temporada no Texas, o ator shakespereano Charles Francis Coghlan. Como sua terra natal, a Ilha Príncipe Edward, no Golfo de São Lourenço, no Canadá, distava 5600 quilômetros por mar, Coghlan foi enterrado no cemitério de Galveston em um caixão de chumbo, num jazigo de granito.Menos de um ano depois, o grande furacão de Galveston atingiu o Texas em 08 de setembro de 1900, matando 8000 pessoas e inundando toda a cidade, inclusive o cemitério. O túmulo foi destruído, e o caixão flutuou até o golfo do México. Lentamente, vagou pela costa da Flórida e pelo Atlântico, onde foi apanhado pela corrente do golfo e carregado para o norte.
Oito anos se passaram. Num dia de outubro de 1908, alguns pescadores da Ilha Príncipe Edward avistaram um caixão flutuando próximo à praia. Coghlan havia voltado para casa. Seus conterrâneos o enterraram na igreja local aonde havia sido batizado.
Haveria uma ária maldita na ópera Carlos VI, de Halévy, que estreou em Paris na Ópera Comique em 1852? Quando o tenor Maffiani cantou " Oh, Deus, esmague-o", ergueu os olhos para o teto, e um elemento cênico caiu sobre outro cantor matando-o.
No dia seguinte os jornais já falavam de uma "ária maldita", que se confirmou na segunda noite, quando um homem morreu ao cair de um camarote. Na terceira noite, um músico teve um ataque cardíaco fulminante. As apresentações foram canceladas.
Em 1858 Napoleão III pediu que Halévy encenasse Carlos VI. Na noite anterior a apresentação, o imperador escapou por pouco de um atentado a bomba. A ópera foi cancelada definitivamente, e nunca mais foi encenada desde então.
A milionária familia irlandesa Guinnes, dona de uma famosa cervejaria e do livro dos recordes é vitima de uma terrível coincidência trágica. Tara Browne, primo de Lady Henrietta Guinnes, morreu num acidente de carro em 1966.
Em 1978 houve quatro mortes em quatro meses: em maio, Lady Henrietta Guiness morreu ao cair de um aqueduto em Spoleto, Itália; em junho outra herdeira afogou-se numa banheira; também em junho, Dennys Guinnes foi encontrado morto em Hampshire; em agosto, John Guinnes, então secretário do Primeiro-Ministro James Callagham, sobreviveu a um acidente de carro em Norfolk, mas seu filho de quatro anos morreu e outro ficou gravemente ferido.
Em 1988, John Guinnes morreria ao cair de uma montanha no país de Gales. Em 2005, Robert Hesketh, outro membro da familia Guinnes, morreria de overdose, como sua irmã Olivia Channon em 1986.
Em 1898 o escritor americano Morgan Robertson escreveu um romance intitulado Futility. Na história, um transatlântico britânico chamado Titan, colide com um iceberg em uma noite de abril no Atlântico Norte, durante a sua terceira viagem, deixando para trás um número enorme de mortos devido a falta de botes salva-vidas.
Catorze anos depois, em uma gélida noite de abril, o transatlântico RMS Titanic se chocaria com um iceberg no Atlântico Norte na viagem inaugural, repetindo a história de Robertson.
Isso em si já seria uma enorme coincidência, mas não parou por aí.
Catorze anos depois, em uma gélida noite de abril, o transatlântico RMS Titanic se chocaria com um iceberg no Atlântico Norte na viagem inaugural, repetindo a história de Robertson.
Isso em si já seria uma enorme coincidência, mas não parou por aí.
Em uma noite de abril de 1935 no Atlântico Norte, o marinheiro William Reeves, nascido em 14 de abril de 1912, na data do acidente do Titanic, estava de vigia em um navio que transportava carvão de Tyne para o Canadá.
Quando o navio estava próximo da área do naufrágio do Titanic, Reeves foi tomado de pavor e gritou "Perigo à frente !" para a ponte de comando. Em seguida um iceberg surgiu da escuridão e o navio pôde evitá-lo a tempo. Uma pequena observação: o navio de William Reeves se chamava Titanian.
Um comentário:
Gostei mto dessa postagem, mas deu uma impressão de ter ficado sem uma conclusão, afinal, qual seria ela?
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