Alguns insetos conseguem evitar o congelamento a até -25°C.
Mecanismo pode proteger órgãos para transplantes e deixar sorvete mais gostoso.
Quanto você acha que precisa estar a temperatura para justificar a expressão “morrer de frio”? Bom, depende. Se você for um besouro do Ártico, o termômetro pode bater os -70°C. É o que descobriu um grupo de cientistas que investiga como os insetos sobrevivem às baixíssimas temperaturas do norte do mundo.
“Há três mecanismos importantes envolvidos na sobrevivência ao frio pelos insetos”, explicou ao G1 o biólogo Todd Sformo, da Universidade do Alasca em Fairbanks. “O primeiro é evitar o congelamento. O segundo é tolerar. O terceiro é uma mistura dos dois.”
Sformo faz parte de uma equipe de cientistas que vasculha o mais gelado estado americano em busca desses “superinsetos” capazes de sobreviver às mais baixas temperaturas. O primeiro a ser descoberto foi o pequenino besouro Hypnoidus bicolor, que contém uma proteína anticongelamento, que começa a ser produzida no final do verão.
“A temperatura do corpo pode baixar para até -25°C e ele não congela”, explica o cientista. Mas como o frio na área pode ir mais longe, o inseto tem outra estratégia: viver em baixos de pedras na tundra –- o que dá uma proteçãozinha extra contra o frio.
Se você acha que -25°C é bastante frio, se prepare. A coisa fica mais gelada ainda. Outro besouro, o Cucujus clavipes até congela. Mas, simplesmente sobrevive. “Aos -25°C, ele não congela. Aos -30°C, o abdômen congela. Mas é só esperar, que assim que as temperaturas sobem, ele volta à vida sem qualquer transtorno. Aos -50°C, no entanto, a cabeça e o tórax congelam e daí, sim, não tem jeito e o inseto morre”, explica Sformo.
Ou seja, o bichinho vai até quase -50°C e não morre. Não está impressionado ainda? Pois conheça o Upis ceramboides, que congela a cerca de -8°C e segura a onda. “Em laboratório, eu congelei larvas e fui baixando a temperatura até -70°C. Elas sobreviveram”, diz o cientista.
Os bichinhos fascinam os pesquisadores. “Uma vez que eles vivem no Alasca, nós esperávamos alguma resistência ao frio, é claro. Mas o tamanho dessa resistência é impressionante”, afirma. “Chegar a -70°C é incrível, pois as temperaturas médias na região não vão tão longe”, diz Sformo. O recorde de frio no Alasca de todos os tempos é de -64°C.
O biólogo e sua equipe estão interessados apenas em descobrir mais sobre esses bichinhos. Mas Todd Sformo afirma que coisas mais úteis podem sair desse trabalho.
“Há três mecanismos importantes envolvidos na sobrevivência ao frio pelos insetos”, explicou ao G1 o biólogo Todd Sformo, da Universidade do Alasca em Fairbanks. “O primeiro é evitar o congelamento. O segundo é tolerar. O terceiro é uma mistura dos dois.”
Sformo faz parte de uma equipe de cientistas que vasculha o mais gelado estado americano em busca desses “superinsetos” capazes de sobreviver às mais baixas temperaturas. O primeiro a ser descoberto foi o pequenino besouro Hypnoidus bicolor, que contém uma proteína anticongelamento, que começa a ser produzida no final do verão.
“A temperatura do corpo pode baixar para até -25°C e ele não congela”, explica o cientista. Mas como o frio na área pode ir mais longe, o inseto tem outra estratégia: viver em baixos de pedras na tundra –- o que dá uma proteçãozinha extra contra o frio.
Se você acha que -25°C é bastante frio, se prepare. A coisa fica mais gelada ainda. Outro besouro, o Cucujus clavipes até congela. Mas, simplesmente sobrevive. “Aos -25°C, ele não congela. Aos -30°C, o abdômen congela. Mas é só esperar, que assim que as temperaturas sobem, ele volta à vida sem qualquer transtorno. Aos -50°C, no entanto, a cabeça e o tórax congelam e daí, sim, não tem jeito e o inseto morre”, explica Sformo.
Ou seja, o bichinho vai até quase -50°C e não morre. Não está impressionado ainda? Pois conheça o Upis ceramboides, que congela a cerca de -8°C e segura a onda. “Em laboratório, eu congelei larvas e fui baixando a temperatura até -70°C. Elas sobreviveram”, diz o cientista.
Os bichinhos fascinam os pesquisadores. “Uma vez que eles vivem no Alasca, nós esperávamos alguma resistência ao frio, é claro. Mas o tamanho dessa resistência é impressionante”, afirma. “Chegar a -70°C é incrível, pois as temperaturas médias na região não vão tão longe”, diz Sformo. O recorde de frio no Alasca de todos os tempos é de -64°C.
O biólogo e sua equipe estão interessados apenas em descobrir mais sobre esses bichinhos. Mas Todd Sformo afirma que coisas mais úteis podem sair desse trabalho.
“A proteína anticongelamento pode ser usada por outras pessoas para criar uma variedade de produtos. Por exemplo, pode ser usada para manter órgãos para transplante em temperaturas extremamente baixas, sem congelar”, explica. “Mas para coisas mais divertidas também: ela pode significar o fim de pedras de gelo no meio do sorvete”.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário