sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Em congresso, ufólogo ensina como observar óvnis


Professor dá sugestões para localizar ‘objetos voadores não-identificados’. Bússola, lanterna, binóculo e mapeamento visual devem ser usados.

Neste fim de semana, ufólogos e estudiosos se reúnem em Botucatu, no interior de São Paulo, para discutir a possibilidade de existir vida em outros planetas. Em um dos encontros do congresso, que ocorre entre sexta (5) e domingo (7), o ufólogo Alexandre Ficheli vai dar dicas de como arriscar-se a observar Objetos Voadores Não-Identificados (óvnis) ou ufos (Unidentified Flying Objects, na sigla em inglês).

Ele garante que lanterna, bússola, binóculo, conhecimento básico sobre aeronaves e sobre a geografia do local escolhido são os equipamentos essenciais. E adianta o que deve abordar na palestra que vai dar na noite de sábado (6): é possível observá-los em qualquer área, seja rural ou urbana.

Ficheli, que dá aulas de administração de empresas em uma escola estadual paulista, faz as seguintes recomendações básicas para quem quer algum dia tentar avistar óvnis: fazer um estudo visual pela manhã do local a ser observado e não esquecer dos três acessórios - binóculos, bússola e lanterna. "É importante também o pesquisador saber distinguir avião, balão dirigível, satélite."

Método

Ele sugere que se memorize visualmente a área em que se vai tentar observar algum objeto voador não-identificado, porque a paisagem natural pode confundir o observador. Ficheli diz que é preciso conseguir distingüir o relevo do local, saber se passam veículos terrestres pela região, e se helicópteros, aviões, satélites ou balões costumam circular pela área. "Precisa ter idéia das luzes e reflexos que vão existir em volta", disse o ufólogo.

A bússola também é importante, segundo Ficheli, porque pode "sentir" a presença de óvnis na área e também ajuda a definir o ponto cardeal por onde pode vir a passar o objeto voador. "É pra voce ter idéia se o objeto estava ao norte ou ao sul", explicou Ficheli. "Quando um óvni se aproxima muito, às vezes ele provoca uma perturbação eletromagnética, que faz o ponteiro girar sem controle", acrescentou.

Já a lanterna e o binóculo servem para apontar e ver com detalhes o que pode parecer ser um objeto voador não-identificado, explicou Ficheli. Depois de estudar a área e pegar kit básico, é preciso fazer uma vigília. De preferência em horário noturno, recomenda o ufólogo. Segundo ele, durante a noite é mais fácil identificar o que pode ser um óvni no céu.

Ver um objeto voador não-identificado não deveria gerar incredulidade, diz o ufólogo. "Não significa que seja uma nave espacial. Quando identificar, deixa de ser óvni", explica, sem ar de mistério.

Alienígenas

Alguns ufólogos acreditam que óvnis possam vir a ser naves espaciais de seres extraterrestres. Ficheli é um dos que diz acreditar na existência hipotética de alienígenas, mas reconhece jamais ter visto algo que o faça ter certeza. Ele diz já ter visto óvnis, mas nenhum tinha aspectos extraterrestres.

"Características extraterrestres de óvnis seriam movimentos que fogem ao padrão da física", afirma. "Só diria que pode ser um extraterrestre se visse a nave pousando, um ser descesse e entrasse em contato comigo", brinca o ufólogo, que parece torcer para que um dia isso aconteça.

Casos

O estado de São Paulo já foi palco de casos que deixaram a população intrigada. Em Peruíbe, um buraco apareceu no meio de um matagal na madrugada do dia 18 de agosto. Uma moradora da cidade disse que viu um clarão pela janela de casa, como se fosse um relâmpago.

O buraco aberto no meio da mata chamou a atenção do ufólogo Paulo Aníbal Mesquita, de São Paulo. Ele esteve em Peruíbe e colheu amostras do solo e da vegetação para fazer uma análise mais detalhada. Segundo ele, não se deve descartar a hipótese de que o buraco tenha sido feito por algum extraterrestre.

Em fevereiro, duas clareiras abertas em canaviais deixaram intrigados os moradores de Araraquara, a 273 km de São Paulo, e Monte Azul Paulista, a 399 km da capital paulista. Em uma área de aproximadamente 500 metros quadrados, a cana baixou como se tivesse sido atingida por um vendaval. Mas os meteorologistas descartam essa possibilidade.

Buracos semelhantes foram encontrados, em janeiro, na cidade de Riolândia, a 562 km de SP. Testemunhas disseram ter ouvido um barulho forte e visto luzes sobre o canavial.


Fonte: G1

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