quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Espécie de tartaruga pode voltar a existir



Os esforços para restaurar a população das tartarugas gigantes das Ilhas Galápagos estão entre os programas de conservação mais famosos e bem-sucedidos do mundo.

Mas o trabalho chegou tarde demais para muitas das 15 espécies conhecidas das ilhas.

Ou será que não? Pesquisas extensivas de DNA em espécimes de museu e nas populações de tartaruga existentes sugerem que há chances de restaurar a Geochelone elephantopus, que habitou a ilha de Floreana.

Charles Darwin testemunhou a captura de um grande número dessas tartarugas - que se acredita extinta em meados dos anos 1800 - por sua carne, casco e gordura.

Gisella Caccone, bióloga evolutiva de Yale, e seus colegas analisaram o DNA mitocondrial de 25 espécies de Floreana conservadas no Museu Americano de História Natural e no Museu de Zoologia Comparada de Harvard.

Eles compararam o material com dados de DNA de outras espécies, inclusive a G. becki, encontrada em grande número na encosta do vulcão Wolf, na ilha de Isabela.

A comparação, descrita no periódico The Proceedings of the National Academy of Sciences, mostrou que boa parte das tartarugas de Isabela tem parentesco próximo com as espécies de Floreana. "Percebemos que esses indivíduos carregam genes de populações hoje extintas," disse Caccone.

Agora pode ser possível desenvolver um programa de reprodução para restabelecer a G. elephantopus, segundo os pesquisadores.

Ao acasalar as tartarugas de Isabela que são geneticamente mais próximas à G. elephantopus e selecionar as proles mais similares para procriação, através de gerações sucessivas, pode-se restaurar a composição genética da espécie.

"A beleza dessa história é que o vulcão Wolf abriga uma população enorme," disse Caccone. "Então há boas chances de encontrar muitos indivíduos com características genéticas misturadas interessantes."

Tradução: Amy Traduções


Fonte: Portal Terra

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