O período de 23 a 27 é o melhor para observar o cometa, diz o astrônomo Tasso Napoleão, um dos coordenadores do Ano Internacional da Astronomia (IYA, na sigla em inglês) no Brasil.
Além de coincidir com a aproximação máxima entre o Lulin e a Terra - 61 milhões de quilômetros, ou pouco mais de um terço da distância entre nós e o Sol -, essa será também uma época de lua nova, o que significa que não haverá luz lunar ofuscando a visão do cometa.
Traçado da trajetória do Lulin, com a posição relativa aos planetas internos do Sistema Solar
"As estimativas de brilho do Lulin para a semana preveem magnitude em torno de 5, o que significa que deverá ser perceptível com lunetas ou pequenos binóculos, mas dificilmente a olho nu", diz Napoleão.
Amorim recomenda binóculos com lentes de 50 milímetros e aumento de entre sete e dez vezes para enxergar o Lulin.
Ele sugere que quem quiser tentar ver o cometa busque se afastar da poluição luminosa de centros urbanos.
"O cometa tem o aspecto de um astro nebuloso e a sua visibilidade é fortemente prejudicada pela iluminação das grandes cidades", explica.
Foto do Lulin feita com câmera digital em 31 de janeiro por Wilton Costa, de Brasília/DF
Atividades envolvendo o Lulin - que deve o nome ao observatório de Taiwan onde foi feita a foto do céu que o revelou - estão na programação brasileira do IYA.
No dia 26, o professor Oscar Matsuura, da USP, fará palestra no planetário de São Paulo sobre o assunto. A palestra será seguida por observações do cometa com telescópio, "se as condições meteorológicas forem favoráveis", diz Napoleão.
A oportunidade de observar o Lulin, ou C/2007 N3, como também é conhecido, é única. "Este não é um cometa periódico, e não retornará mais depois desta passagem", explica Napoleão.
Fonte: Estadão
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