quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

À procura do tradutor cósmico


Espaço: Ainda não sabemos interpretar sinais de vida fora da terra.

A Ciência também procura extraterrestres – os astrônomos fazem-no movidos pelo mesmo tipo de convicções do que aqueles que acreditam que não estamos sós no Universo.

Até recentemente, a noção de vida extraterrestre – e muito menos de inteligência – era completamente especulativa porque não podia ser examinada por métodos científicos.

Mas progressos científicos numa ampla frente durante as últimas décadas convergiram para uma certeza: com a descoberta de mais de 300 planetas extrassolares é mais provável que exista vida extraterrestre do que não, onde as condições são favoráveis; de que a vida possa estar amplamente espalhada pelo Universo; e de que existem sérias possibilidades de que a humanidade possa ser capaz de comunicar com outras civilizações técnicas.

Muitos sinais poderão estar a viajar no espaço sideral a caminho do nosso planeta, mas há que encontrar um sistema de tradução que decifre o que querem dizer.

Uma experiência a bordo de um balão estratosférico da NASA detectou recentemente um sinal cósmico misterioso em frequência de rádio.

A descoberta foi anunciada durante a 213ª Reunião da Sociedade Astronômica Americana, por cientistas que participam no projeto ARCADE (Absolute Radiometer for Cosmology, Astrophysics, and Diffuse Emission). A equipe detectou o sinal quando realizava medidas em microondas à procura da energia emitida pelas primeiras estrelas.

A imensa maioria dos objetos cósmicos emite ondas de rádio, mas não existe um número suficiente de galáxias no Universo que possa explicar a intensidade do sinal detectado.

As galáxias teriam de estar praticamente coladas umas às outras, não havendo nenhum espaço entre elas para que o sinal dessas fontes pudesse ser medido com essa intensidade. Será uma mensagem de uma remota civilização extraterrestre?


DIÁLOGOS CÓSMICOS


MENSAGENS RECEBIDAS

1.Geralmente são as antenas parabólicas gigantes que detectam ondas de rádio provenientes de estrelas longínquas mas, desta vez, um misterioso sinal cósmico foi registrado por um balão estratosférico

2. Chips capazes de realizar 50 mil milhões de cálculos por segundo identificam as ondas de rádio que podem ter origem em civilizações extraterrestres e separam-nas do ruído de fundo do Universo

3. O computador analisa os dados facilitados pelos chips e avisa os cientistas quando detecta um sinal que pode corresponder a vida inteligente extraterrestre


HIPÓTESES MAIS VIÁVEIS


LINGUAGEM MATEMÁTICA

Segundo alguns cientistas, se existem extraterrestres inteligentes, estes deviam entender a matemática já que toda a forma de vida inteligente necessita de tratar com constantes de espaço, tempo e matéria

RAIOS LASER

Alguns dos projetos SETI procuram outro tipo de sinais diferentes dos das ondas rádio. Se os extraterrestres utilizassem, por exemplo, raios laser, seria possível detectar a sua luz mesmo a 50 anos-luz. Um método simples para comunicar

MÚSICA

A música como veículo de comunicação é uma velha teoria. Se uma inteligência extraterrestre desenvolveu música esta deveria partilhar características com a nossa pois as escalas que se podem utilizar universalmente só podem ter de 5 a 31 tons


MENSAGENS EMITIDAS


CARTÕES-DE-VISITA CÓSMICOS

As sondas 'Pioneer' 10 e 11 já abandonaram o sistema solar com cartões- de-visita cósmicos: uma placa a bordo nas quais estão gravadas mensagens gráficas. Indica como é o ser humano, o seu tamanho em relação às sondas e a posição da Terra no nosso Sistema Solar

LP PARA EXTRATERRESTRES

Os cientistas da missão 'Voyager' decidiram enviar informações sobre o nosso Mundo e a nossa civilização. A solução óbvia foi fazer uso de uma tecnologia muito conhecida na época: a dos discos LP, capazes de armazenar informação em gravura que uma agulha traduz em sinais electromagnéticos

CONVERSANDO COM O ESPAÇO

É de cientistas do SETI a autoria da emissão da mensagem de Arecibo, enviada em 1974 pelo maior radiotelescópio do Mundo para o agrupamento de estrelas M13, na constelação de Hércules e levará 25 mil anos até ao destino.


Fonte: Correio da Manhã

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