segunda-feira, 27 de abril de 2009

Curador no rastro de serpentes e monstros do mar

Andrew Hebda, curador de zoologia no Museu de História Natural, diz que estes dois ossos de peixes mostram quão intimidante pode ser o desconhecido. O osso pequeno veio de uma pescada. O maior veio de um monstro qualquer. É o mesmo osso, só que de um atum.


Olhos injetados de sangue, tão grandes quanto pires, um corpo revestido de pelo musgoso, protuberâncias nas costas e corpos ondulantes cobertos de escamas de 15 centímetros de comprimento.

Estas são apenas algumas das características dos "habitantes das profundezas", vistos na costa da Nova Escócia
há alguns anos e mesmo atualmente.

Foram vistos por capitães do mar e militares. Andrew Hebda, curador de zoologia do Museu da Nova Escócia, diz que não há dúvida alguma sobre estes avistamentos de monstros e serpentes do mar.

"Não há dúvida de que algumas criaturas foram vistas através do fundo de uma garrafa de rum", mas a questão é que eles viram alguma coisa", disse o Dr. Hebda.

Em 2003, Wallace Cartwright estava no seu barco de pesca de lagosta em Alder Point, Cape Breton, quando viu uma serpente do mar com cerca de oito metros de comprimento. Era do diâmetro de um tambor de óleo, e ele a seguiu, até que mergulhou e desapareceu.

Duzentos anos antes, uma mulher com o nome de Sra. W. Lee viu um monstro do mar de 30 metros na costa de Cape Breton. "Sua parte de trás era verde escura e se levantou na água em montes sinuosos, se afastando ruidosamente", disse sobre sua observação.

Material particularmente interessante para o Dr. Hebda, que está escrevendo um livro sobre essas misteriosas criaturas das profundezas. Ele falou no centro comunitário no domingo (19), em um evento organizado pela Sociedade Ateneu da Nova Escócia. "Vocês estão na central de monstros do mar da Nova Escócia", disse.

Em 1833, cinco rapazes pescavam em Mahone Bay, quando viram um monstro com cerca de 180 metros do seu barco. O viram detalhadamente, apesar de terem bebido rum.

Estava a cerca de 31 metros. "Vimos a cabeça e o pescoço de algum habitante das profundezas, era como os de uma serpente comum, quando nadava, a cabeça ficava elevada e jogada para a frente até a curva do pescoço, de forma que permitia que a água passasse sob e além dela. "

Alguns desses avistamentos aconteceram em torno da província, muitos deles bastante semelhantes, apesar de décadas, se não mesmo séculos de distância entre eles. E eles tendem a ser em águas mais quentes, em canais de transportes marítimos e áreas de pesca. Muitos deles foram na costa sul, bem como na área de Pictou e Cape Breton.

Em 1975, Keith Ross estava em seu barco em Cape Sable Island com o seu filho Rodney quando a visão de repente passou diante deles. "Tinha os olhos tão grandes como pires, de um vermelho brilhante".

"Quero dizer, você poderia ver o vermelho em seus olhos como se estivessem injetados de sangue. Tinha a boca bem aberta com duas grandes presas - Eu chamo de presas - na mandíbula superior. "Ross levou seu barco para longe do corpo cinzento, parecido com uma cobra, que ficou para trás. Os Mi'kmaq gravaram serpentes similares nos petróglifos encontrados no parque nacional de Kejimkujik.

O primeiro relato documentado do avistamento de um Tritão foi feito por Nicolas Denys no Porto de Canso em 1656. O primeiro avistamento relatado no porto de Halifax foi o de uma serpente com 18 metros, em 1825.

O mundo dos pescadores gira em torno de coisas que eles vêem diariamente. O Dr. Hebda diz que quando vêem algo incomum, eles querem saber o que é. Às vezes a resposta é bastante inócua. Frequentemente a verdade nunca será conhecida.

Por exemplo, o Sr. Cartwright pode muito bem ter visto um regaleco, também conhecido como rei do arenque, ou peixe-remo, quando ele estava trabalhando em Cape Breton seis anos atrás.

"Nós sabemos tudo o que há lá fora? Não, não, não. Vemos tudo o que existe por aí? Não, não vemos", mas o Sr. Hebda suspeita que há uma explicação para muitos desses casos - um peixe tropical raro levado por correntes quentes ou a visão distorcida produzida pela espessura do vidro, no fundo de uma garrafa de aguardente.

O Sr. Ross não tinha bebido quando viu o animal com os olhos injetados de sangue. Mas oficiais confirmaram que naquele ano fotografaram uma morsa na área.

"As pessoas vêem coisas, e tentam descobrir o que viram", disse ele.
"Sim, eles viram alguma coisa. O que é? É aí que está o desafio. É uma viagem de exploração para ver o que é isso." Acrescentou.


Fonte: The Chronicle Herald

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