Trinta ataques de piranhas a banhistas que frequentam os lagos de Palmas (TO) foram registrados desde o último domingo, segundo o Corpo de Bombeiros.
O número é quase duas vezes maior do que o registrado durante todo o ano de 2008, quando a cidade teve 16 acidentes do tipo. Todos os banhistas atacados tiveram apenas ferimentos superficiais, informaram os bombeiros.
Do total de ataques nos últimos dias, 25 ocorreram na praia do Caju, que ainda não conta com telas de proteção para separar as piranhas das áreas de banho.
Os outros cinco casos ocorreram na área externa à zona protegida da praia do Prata, a mais popular da cidade.
O mês de julho é o auge da temporada de calor na região, o que atrai cerca de 20 mil pessoas por fim de semana para as praias em torno do lago criado em 2001 com o represamento do rio Tocantins para a construção de uma hidrelétrica.
Segundo a Secretaria de Turismo de Palmas, um estudo de 2006 da Universidade Federal do Tocantins apontou que a criação do lago levou a um aumento populacional de espécies predadoras, que tendem a se desenvolver mais rápido sem a competição de outras de perfil migratório.
A pesquisa indicou que a prática dos banhistas de levar comida para a água também influencia na atração dos peixes e causa acidentes.
O secretário de Turismo, Joel Borges, disse que as telas de proteção só devem ficar prontas no Caju no ano que vem.
Ele disse que é preciso fazer um trabalho de reequilíbrio ambiental para reduzir o número de piranhas e pediu consciência da população para não deixar alimentos na água.
Borges, no entanto, diz que os turistas não devem deixar de visitar a cidade, uma vez que os ferimentos causados pelas piranhas não são graves. "Além de não ser frequente, são só pequenos cortes. Não há risco de decepar."
Fonte: Folha Online
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