A Justiça de Shinyanga, cidade do noroeste da Tanzânia, condenou à morte três homens considerados culpados pelo assassinato de Matatizo Dunia, um albino de 14 anos que teve as pernas cortadas e vendidas a praticantes de "magia negra".
As sentenças de Masumbuko Matata, Emmanuel Masangwa e Charles Karamugi, assassinos de Duinia e os primeiros no país a serem condenados por matar albinos, foram lidas em pouco mais de uma hora pelo juiz Gabriel Rwakibalila.
O julgamento do trio durou 52 dias, um recorde na Tanzânia, cujo Judiciário é extremamente lento e onde um processo costuma demorar anos para acabar.
Desde dezembro de 2007, mais de 50 albinos foram mortos no país. Os homicídios, segundo as autoridades, foram motivados por crenças supersticiosas.
Segundo testemunhas do caso de Dunia, quem mata albinos vende os órgãos internos, as extremidades e outras partes dos corpos por até 10 milhões de xelins tanzanianos (US$ 7.800).
Os compradores são "feiticeiros", que usam os restos humanos na elaboração de "poções mágicas".
Segundo os "bruxos" da Tanzânia e de outros países do leste da África, as poções preparadas com partes dos cadáveres de pessoas com albinas trazem "sorte no amor, na vida e nos negócios".
Fonte: Terra
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