Como um cogumelo atirando esporos, um conhecido cometa foi visto disparando múltiplos "minicometas" que viajaram a 451 km por hora, anunciaram astrônomos.
Os fragmentos foram recentemente revelados em imagens de alta resolução do cometa Holmes, um corpo relativamente pequeno descoberto em 1892 que misteriosamente explodiu em 2007.
Ao longo de vários dias, astrônomos usando o telescópio Canadá-França-Havaí em Mauna Kea assistiram à nuvem de poeira de 3,5 km de diâmetro ao redor do cometa inchar e se tornar maior do que o Sol.
Posteriormente, uma observação mais detalhada das imagens de alta resolução revelou que o cometa também lançou fragmentos, cada um com sua própria nuvem de poeira e cauda glacial, que se afastaram do corpo principal.
Junto, o material extra fez com que o cometa brilhasse um milhão de vezes mais em menos de 24 horas, produzindo a maior erupção cometária da história.
"Normalmente, é preciso um grande telescópio para ver o cometa Holmes, mas durante a explosão ele ficou visível a olho nu", disse um dos membros da equipe, Rachel Stevenson, da Universidade da Califórnia, Los Angeles.
Pressão Interna do Cometa
Holmes é um dos chamados cometas da Família Júpiter, cuja órbita cruza tão perto da de Júpiter que o cometa é afetado pela gravidade massiva do planeta. A maioria de tais cometas está condenada a se partir ou se chocar com um planeta ou o Sol.
Por exemplo, o cometa Shoemaker-Levy 9 se partiu em 1994 e seus pedaços se chocaram com Júpiter. Pelo menos outro cometa, Kushida-Muramatsu, foi brevemente capturado pelo gigante gasoso em 1949 e se tornou uma lua jupteriana por 12 anos.
Em outubro de 2007, um astrônomo amador relatou pela primeira vez que o cometa Holmes havia brilhado inesperadamente.
Ao ouvir a notícia, Stevenson e seus colegas rapidamente direcionaram o telescópio Canadá-França-Havaí para o objeto em erupção.
Com base no que observou, a equipe acredita que a explosão tenha começado provavelmente cinco meses antes de ser vista, quando a órbita elíptica do cometa o aproximou ao máximo do sol, ficando a cerca de 300 milhões de quilômetros de distância.
"Acreditamos que o interior do cometa tenha sido aquecido, evaporando o gelo e criando um acúmulo de gás pressurizado internamente", Stevenson disse.
Em outubro, a pressão se tornou tão grande que o cometa explodiu, lançando seu gás de uma vez só.
Stevenson apresentou as descobertas da equipe no recente Congresso Europeu de Ciência Planetária de 2009, em Potsdam, Alemanha.
Apesar do drama, o cometa sobreviveu à explosão, Stevenson acrescentou, e agora voltou a rumar em direção a Júpiter. Ele se aproximará novamente do sol em 2014.
Fonte: Terra
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