Sonda vai se separar do módulo Centauro 9 horas e 40 minutos antes do primeiro impacto (concepção artística: Nasa)
Sonda LCROSS vai analisar ‘poeira’ levantada, em busca de água. Nasa vai transmitir imagens a partir das 7h15 (hora de Brasília).
Às 8h31 desta sexta-feira (9) a sonda LCROSS, sigla em inglês para Satélite de Sensoriamento e Observação de Crateras Lunares, será “sacrificada” em nome da ciência, espatifando-se na superfície da Lua por ordem de seus controladores aqui na Terra.
Mas qual é o sentido de arrebentar deliberadamente um equipamento que custou US$ 79 milhões (quase R$ 140 milhões)? Para os cientistas, é fácil justificar o sacrifício. Para buscar evidências de água em crateras lunares, está saindo até barato.
Às 8h31 desta sexta-feira (9) a sonda LCROSS, sigla em inglês para Satélite de Sensoriamento e Observação de Crateras Lunares, será “sacrificada” em nome da ciência, espatifando-se na superfície da Lua por ordem de seus controladores aqui na Terra.
Mas qual é o sentido de arrebentar deliberadamente um equipamento que custou US$ 79 milhões (quase R$ 140 milhões)? Para os cientistas, é fácil justificar o sacrifício. Para buscar evidências de água em crateras lunares, está saindo até barato.
A TV Nasa vai transmitir amanhã as últimas imagens enviadas pela câmera da LCROSS a partir das 7h15. Para acessar a TV Nasa, clique aqui
A sonda LCROSS viaja com o último estágio do foguete Atlas V que a lançou. O “subfoguete”, chamado Centauro, tem quase 13 metros de comprimento. Amanhã ele vai para o sacrifício primeiro, como batedor.
O alvo escolhido é a cratera Cabeus, no polo sul lunar. Quando o Centauro atingir a cratera, produzirá uma nuvem de destroços que deve conter, entre outras coisas, vapor d’água, se as teorias estiverem corretas (leia mais sobre as premissas da missão abaixo).
Essa nuvem de poeira e gás será analisada por vários telescópios na Terra e mesmo pelo Hubble, mas a principal fonte de análise será a LCROSS, que vai atravessá-la.
Durante a travessia, de apenas 4 minutos, a sonda deverá ser capaz de coletar e analisar amostras dos destroços, mandando de volta à Terra sua análise química.
Não há margem para titubeios: a mesma rota que vai colocar a LCROSS no curso para “furar” a nuvem fará com que a sonda também se espatife depois contra a superfície da Lua. São 4 minutos para fazer valer US$ 79 milhões.
Com tudo isso, Lua terá a partir de amanhã, se tudo correr como planejado, duas cicatrizes. Centauro vai deixar uma “cratera na cratera” de 20 metros de diâmetro por 4 metros de profundidade. A LCROSS será menos espalhafatosa: a trombada vai abrir uma depressão de 14 metros de diâmetro por 2 m de profundidade.
Premissas teóricas
A ideia é que possa existir água depositada em crateras nos polos da Lua, onde o Sol nunca bate. Com isso, a água trazida por impactos de cometas, por exemplo, deve estar eternamente congelada. Como elas nunca são iluminadas pelo Sol, o gelo não evapora.
Cabeus é uma cratera com alta concentração de hidrogênio – e as chances de ser água são muito grandes.
Ela tem o fundo relativamente plano e não tem rochas em seu interior que possam impedir o choque Centauro diretamente no fundo da cratera.
Por que procurar por água na Lua? Para viabilizar bases permanentes de pesquisa e exploração é preciso ter acesso à água. "Simples" assim.
O alvo escolhido é a cratera Cabeus, no polo sul lunar. Quando o Centauro atingir a cratera, produzirá uma nuvem de destroços que deve conter, entre outras coisas, vapor d’água, se as teorias estiverem corretas (leia mais sobre as premissas da missão abaixo).
Essa nuvem de poeira e gás será analisada por vários telescópios na Terra e mesmo pelo Hubble, mas a principal fonte de análise será a LCROSS, que vai atravessá-la.
Durante a travessia, de apenas 4 minutos, a sonda deverá ser capaz de coletar e analisar amostras dos destroços, mandando de volta à Terra sua análise química.
Não há margem para titubeios: a mesma rota que vai colocar a LCROSS no curso para “furar” a nuvem fará com que a sonda também se espatife depois contra a superfície da Lua. São 4 minutos para fazer valer US$ 79 milhões.
Com tudo isso, Lua terá a partir de amanhã, se tudo correr como planejado, duas cicatrizes. Centauro vai deixar uma “cratera na cratera” de 20 metros de diâmetro por 4 metros de profundidade. A LCROSS será menos espalhafatosa: a trombada vai abrir uma depressão de 14 metros de diâmetro por 2 m de profundidade.
Premissas teóricas
A ideia é que possa existir água depositada em crateras nos polos da Lua, onde o Sol nunca bate. Com isso, a água trazida por impactos de cometas, por exemplo, deve estar eternamente congelada. Como elas nunca são iluminadas pelo Sol, o gelo não evapora.
Cabeus é uma cratera com alta concentração de hidrogênio – e as chances de ser água são muito grandes.
Ponto vermelho é o alvo do impacto do módulo Centauro, que será analisado pela LCROSS (que também vai bater na Lua, 4 minutos depois) (Foto: Nasa)
Ela tem o fundo relativamente plano e não tem rochas em seu interior que possam impedir o choque Centauro diretamente no fundo da cratera.
Por que procurar por água na Lua? Para viabilizar bases permanentes de pesquisa e exploração é preciso ter acesso à água. "Simples" assim.
Fonte: G1
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