No último domingo, dia 25, o Centro de Reabilitação de Animais Marinhos do Ceclimar recebeu um exemplar de tartaruga-de-couro. Ela foi encontrada morta na praia de Cidreira, media 146,5 cm e pesava mais de 200 kg.
A tartaruga-de-couro ocorre em todos os oceanos, de regiões subpolares a tropicais, vivendo principalmente em alto-mar. Das tartarugas-marinhas, é a espécie que frequenta mais usualmente regiões com águas frias.
É a maior de todas as tartarugas, podendo atingir até 2 m de comprimento de carapaça e pesando 500 kg em média, podendo atingir 650 kg ou mais.
Possui um casco (carapaça) diferente das demais tartarugas, pois é composto por uma camada de pele lisa, fina e resistente, com aparência de couro (daí seu nome popular) e milhares de placas minúsculas de osso, formando sete quilhas ao longo do comprimento.
A coloração é predominantemente negra no dorso, com uma quantidade variável de manchas claras ou brancas. Seus membros anteriores são extremamente longos.
Alimenta-se essencialmente de medusas ou águas-vivas. Por causa desta alimentação, elas confundem sacos plásticos lançados ao mar com as águas-vivas, correndo o risco de morrerem por indigestão.
No Brasil a espécie desova apenas no estado do Espírito Santo, sendo bem pequena a quantidade de fêmeas que desovam anualmente.
A tartaruga-de-couro é relativamente frequente no sul do Brasil, mas por habitar geralmente águas profundas e afastadas da costa é de difícil observação.
Dermochelys coriacea representa a terceira espécie em número de registros para o Rio Grande do Sul, atrás da tartaruga-cabeçuda Caretta caretta (1ª) e da tartaruga-verde Chelonia mydas (2ª).
* Texto e fotos: bióloga do Ceclimar Cariane Campos Trigo.
Fonte: Zero Hora
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