Cientistas conduziram reconstrução com base em tomografia realizada no busto mantido no museu de Berlim.
Dois italianos reconstruíram, após meses de estudos, o que consideram como o rosto que representa a lendária beleza da rainha egípcia Nefertiti, informa a edição da revista mensal "Focus Storia" que começou a ser vendida hoje.
A beleza de Nefertiti (1370-1330 a.C.) é associada ao busto existente no Neues Museum, em Berlim, sua única imagem que chegou aos nossos dias.
O etnólogo italiano e professor da universidade de Trieste (norte da Itália) Franco Crevatin e o historiador especializado em cosmética e maquiador profissional Stefano Anselmo recriaram aquela que asseguram ser a verdadeira cara da rainha da 18ª dinastia do Antigo Egito.
A dupla conduziu a reconstrução com base na tomografia computadorizada realizada recentemente no busto mantido no museu de Berlim e publicada na revista "Radiology".
Os resultados da tomografia revelaram que o busto de Nefertiti escondia dois rostos. Um deles, gravado em pedra caliça por baixo do estuque do busto, não coincidia perfeitamente com o admirado após sua descoberta em 1912 em escavações dirigidas por uma equipe alemã.
As pequenas, mas importantes diferenças nos traços da rainha egípcia serviram para que os estudiosos reconstruíssem sua imagem, com um nariz com uma pequena imperfeição, maçãs do rosto menos proeminentes, pálpebras menos cavadas e rugas de expressão dos lados da boca.
A nova Nefertiti também recebeu uma nova maquiagem que não pode ser apreciada no busto devido à passagem do tempo.
"Substituí as tonalidades cinzentas que apareciam na tomografia por cores baseadas no âmbar. Para o resto da maquiagem, me baseei no que se aplicava na época e que chegou até nós graças a outras obras que representavam personagens da época próximos ao faraó", explica Anselmo na publicação.
O resultado final é uma Nefertiti com um rosto mais suave e arredondado e um olhar mais doce, distante da imagem de severidade e mistério que durante anos foi apreciada no busto atribuído ao escultor Tutmose.
Fonte: Estadão
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