segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Como se avalia a idade das rochas?

Pedra da Gávea, no Rio de Janeiro


A idade das rochas é determinada a partir da análise de elementos químicos instáveis presentes nelas. Tais elementos são assim chamados por passarem por um processo de decaimento radioativo.

Isto é, eles liberam partículas permanentemente até que o núcleo atômico se torne mais estável que de início.

Durante esse processo, o elemento muda seu número atômico, o que faz com que ele se transforme em outro elemento químico. É o caso do urânio (U), que libera partículas até se transformar em chumbo (Pb).

Conhecida a velocidade com que ocorre essa transformação, é possível determinar há quanto tempo o processo está acontecendo em uma determinada rocha.

Para isso, obtém-se uma amostra mineral que incorporou apenas o urânio (elemento-pai) na sua formação.

Com o passar do tempo, esse elemento decaiu gerando chumbo (elemento-filho). Assim, mede-se a razão atual entre o elemento-pai e o elemento-filho.

Quanto menor essa razão, mais antiga é a rocha, pois mais tempo se passou e mais elemento-filho foi gerado.

Desse modo, chegamos à idade absoluta da rocha. Na datação, utiliza-se o conceito de meia-vida, que é o tempo que metade de um elemento precisa para se transformar em outro.

No caso do urânio 235, a meia-vida é de, aproximadamente, 700 milhões de anos. Já no urânio 238, são necessários 4,5 bilhões de anos para que metade do elemento se transforme em chumbo.

O método urânio-chumbo é o mais utilizado para determinar quantos anos tem uma rocha – e, por sinal, é usado para conhecer a idade da Terra.

A mesma metodologia pode ser usada com outros elementos, como o rubídio (Rb), que se transforma em estrôncio (Sr).


Renata da Silva Schmitt
Departamento de Geologia,
Instituto de Geociências,
Universidade Federal do Rio de Janeiro



Fonte: Ciência Hoje


Um comentário:

João Paulo disse...

Legal esse post Geológico,

Gostei do blog!

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