Idosa faz contrato para ter crânio conservado, mas teria mudado de ideia. Anuidade de US$ 50 mil (R$ 90,25 mil) está em jogo no caso.
Uma família do estado americano do Colorado e uma organização médica do Arizona estão disputando nos tribunais a posse da cabeça de uma mulher que morreu neste fevereiro, além de uma herança de US$ 50 mil anuais que ela deixou.
Mary Robbins, de 71 anos, morreu em 9 de fevereiro em Colorado Springs. A família e a entidade disputam se a cabeça dela será conservada por criogenia, na expectativa de que futuramente a tecnologia possa trazê-la de volta à vida e restaurar sua saúde. Ela sofria de câncer.
Advogados dos dois lados foram ao tribunal na última sexta-feira (19), mas não houve acordo.
Em 2006, Mary assinou documentos dando à fundação Alcor Life Extension, de Scottsdale, o direito de preservar criogenicamente seu crânio e seu cérebro. Ela também concordou em pagar à entidade, que atua no ramo desde 1972, US$ 50 mil anuais (cerca de R$ 90,25 mil) para cobrir os custos da preservação.
Sua filha, Darlene Robbins, argumenta que a mãe mudou de ideia nos últimos dias de vida, por conta dos procedimentos que a preservação iria requerer antes da morte, incluindo a colocação de tubos em sua garganta e nariz, intervenções intravenosas e uso de medicamentos.
Ela então teria assinado um novo documento, dando a anuidade para a família, segundo a filha.
Darlene afirma ter se oposto à sugestão da Alcor de que a empresa ficasse com a cabeça de Mary, e a família cuidasse do resto de seu corpo.
"Eu quero ter privacidade. Eu quero poder velar o corpo de minha mãe de maneira normal, sem ter de enfrentar uma batalha legal", disse.
Eric Bentley, advogado da Alcor, disse que Mary não assinou nenhum papel revogando o contrato de 2006. Ele afirmou que a empresa quer apenas honrar o que está determinado no documento.
O corpo de Mary vai ser conservado em gelo seco em uma câmara mortuária em Colorado Springs até que o caso seja decidido pela Justiça.
Fonte: G1
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