A fim de responder essas e diversas outras questões, o Museu da Vida, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), está apresentando a exposição Pré-história no Brasil: dinos e outros fósseis, em parceria com o Museu da Geodiversidade, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e o Departamento de Paleontologia e Estratigrafia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Na mostra, que foi dividida em quatro diferentes períodos geológicos – Pré-Cambriano, Paleozoico, Mesozoico e Cenozoico – o público pode conferir diversas réplicas e esqueletos originais de dinossauros, desde os velozes predadores terrestres a répteis aquáticos ou voadores.
Todos com uma semelhança: o fato de terem vivido no território onde hoje fica o Brasil.
Há também diversos tipos de rochas, painéis coloridos representando cada período, um vídeo com o paleontólogo da UFRJ Ismar Carvalho, principal responsável pelo material coletado, além de uma oficina para as crianças aprenderem na prática como as escavações são importantes para o desenvolvimento deste trabalho.
Museóloga do espaço científico de Manguinhos, Eloísa Ramos afirma que se trata de uma exposição abrangente a público de todos os níveis sociais e intelectuais, e é atrativo tanto para crianças quanto para adultos.
– A mostra faz uma verdadeira retrospectiva sobre a evolução dos seres vivos no país, desde os microorganismos há de milhões de anos aos animais dos dias de hoje até .
Começa na geologia, mostra o processo de fossilização até chegar ao surgimento, de fato, dos animais.
E para explicar estes temas, aparentemente difíceis, foi usada uma linguagem de fácil entendimento.
– A gente tem que descomplicar a ciência – comenta a museóloga da Fiocruz.
Geologia e paleontologia: parceria para desvendar mundo pré-histórico
O herbívoro, que viveu há 70 milhões de anos, foi encontrado na Bacia de Bauru, em Minas Gerais.
A reprodução gigante divide o espaço com a do Cearadactylus atrox, um pterossauro encontrado na Bacia do Araripe, no Ceará. Este, ainda mais velho, viveu há 100 milhões de anos.
Uma questão que a "Pré-história no Brasil: dinos e outros fósseis" propõe passar também é a importância desse tipo de estudo para as nossas vidas.
– A geologia é a ciência que estuda a evolução do planeta Terra, passando por sua origem aos dias atuais. As rochas são a principal fonte de conhecimento para o geólogo, já que elas trazem as histórias do planeta ao longo dos seus 4,6 bilhões de anos.
Esse profissional é o grande aliado do paleontólogo para desvendar o mundo pré-histórico. A exposição traz diversos exemplos dessa colaboração, através de vários tipos de rocha, desde o arenito (formada por de areia compactada) à coquina (formada por conchas) – explica a museóloga.
Porém, o principal intuito da mostra, para Eloísa Ramos, é mostrar para o público que a pré-história no nosso país é extremamente rica e quem sabe acabar com alguns preconceitos que a sociedade impõe quando abordamos esse período no Brasil.
– Quando falamos em dinossauros, a maioria das pessoas acha que eles só existiram em outros países ou então nos filmes de Steven Spielberg.
O Brasil tem uma pré-história muito rica, e ao contrário do que muita gente pensa, tem registros muito interessantes e curiosos. Vale à pena vir conferir – convida Eloísa.
Quem se interessou ou ficou curioso para conferir a exposição Pré-história no Brasil: dinos e outros fósseis, como a museóloga sugeriu, pode visitar o espaço, de segunda à sexta-feira, entre 9h e 16h30, e aos sábados de 10h até 16h.
A entrada é gratuita e a classificação etária é livre. O Museu da Vida fica no campus da Fiocruz, na Avenida Brasil, 4.365, Manguinhos. Visitas podem ser agendadas pelos contatos: recepcaomv@coc.fiocruz.br e 2590-6747.
Fonte: JB Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário