A forma do cérebro de um homem de Cro-Magnon pôde ser reconstituída em três dimensões, a partir de um crânio conservado no Museu do Homem em Paris, com a ajuda de tomografia computadorizada, o que permitiu realizar uma espécie de moldagem em plástico, anunciou nesta terça-feira o paleontologista Antoine Balzeau.
Em 1868, cinco esqueletos (os de três homens, de uma mulher e de uma criança) datando de cerca de 28 mil anos haviam sido descobertos em Dordonha, sudoeste da França.
O primeiro espécime, chamado Cro-Magnon 1, pertencendo a um homem muito idoso, compreendia um crânio quase completo, diz em comunicado a direção do Museu do Homem, onde foi conservado.
Este crânio foi escaneado, permitindo a descoberta de estruturas anatômicas internas até então inacessíveis às observações, para preservar a integridade do fóssil original, segundo os cientistas.
Foi possível chegar-se a "impressões deixadas pelo cérebro na superfície interna do crânio", isto é, o "endocrânio", que reflete a forma e o tamanho das diferentes partes do cérebro, precisa o Museu.
O cérebro do Cro-Magnon 1 pôde, assim, ser reconstituído em três dimensões com a ajuda do computador.
O arquivo do modelo virtual em 3D foi, em seguida, enviado a uma sociedade especializada, a Initial, que conseguiu produzir um protótipo em plástico do endocrânio, precisou à AFP o paleontologista Balzeau (CNRS, Centro Nacional da Pesquisa Científica).
O crânio do Cro-Magnon 1 e a moldagem do cérebro vão ser expostos a partir de 17 de março no Museu Nacional de História Natural, em Washington.
Fonte: Terra
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