Os pesquisadores concluíram que a casca do ovo de pássaros extintos é uma rica fonte de DNA preservado.
Entre as espécies extintas, os cientistas conseguiram isolar moléculas do DNA do chamado pássaro-elefante, do gênero Aepyornis, que viveu em Madagascar e chegava a três metros de altura.
Os pesquisadores usaram a mesma técnica em cascas de ovos de emas, patos e do extinto moa, um tipo de avestruz que existiu apenas na Nova Zelândia.
A equipe afirma que a técnica vai permitir aos pesquisadores aprender mais sobre os pássaros extintos e sobre as razões que levaram à sua extinção.
“Há anos pesquisadores vinham tentado, sem sucesso, isolar o DNA de um fóssil de casca de ovo”, disse Charlotte Oskam, da Universidade de Murdoch, na Austrália, uma das autoras da pesquisa.
“O problema foi que eles estavam usando o método para retirada de DNA de ossos, que não se aplicava ao fóssil de uma casca de ovo.”
Pássaro-elefante
Pesando cerca de meia tonelada, o pássaro-elefante foi a ave mais pesada que já existiu.
O Aepyornis parecia um avestruz gigante, chegando a três metros de altura. A maioria deles morreu há cerca de mil anos.
O arqueólogo Mike Parker Pearson, da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, espera que a análise do DNA do pássaro traga luz sobre as razões que levaram ao seu desaparecimento.
A extinção coincidiu com a chegada dos humanos ao habitat natural da ave, a região em que hoje fica o país Madagascar, no sudeste africano.
O mistério, segundo Parker, é que não há provas de que os humanos tenham caçado o animal.
“Não há provas sequer de que os humanos tenham comido seus ovos – e um deles faria uma omelete para 30 pessoas”, disse o arqueólogo à BBC News.
O pássaro-elefante pode ser a base para várias lendas envolvendo pássaros gigantes. O explorador Marco Pólo chegou a dizer, erroneamente, que esses pássaros podiam voar. Também há histórias de pássaros que podiam levantar elefantes nos contos das 1001 Noites.
Já há esqueletos completos do pássaro-elefante, mas ao analisar seu DNA, os pesquisadores esperam formar uma imagem mais detalhada da criatura.
Fonte: BBC
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