terça-feira, 16 de março de 2010

Os seres humanos poderão regenerar partes do corpo, como alguns anfíbios


Regenerar membros amputados e cérebros danificados poderá um dia ser uma realidade depois que cientistas descobriram um gene que é a chave para essa capacidade quase mágica.

Pesquisadores descobriram que o gene p21 parece ter bloqueado o seu poder de cura ainda presente em algumas criaturas, incluindo os anfíbios, mas perdido com a evolução em todos os outros animais.

Ao desligar o p21, o processo pode ser milagrosamente mudado novamente.

Acadêmicos do Instituto Wistar na Filadélfia, concluíram que camundongos sem o gene p21 ganham a capacidade de regenerar o tecido perdido ou danificado.

Ao contrário dos mamíferos típicos, que curam as feridas formando uma cicatriz, estes ratos formaram uma blastema, uma estrutura associada ao crescimento celular rápido.

Segundo os pesquisadores, a perda do p21 faz com que as células desses ratos se comportem como células-tronco embrionárias, em vez de células de mamíferos adultos. Isso significa que elas agem como se criassem um novo corpo.

Seus resultados, publicados no Proceedings of the National Academy of Sciences, contém provas sólidas que ligam a regeneração dos tecidos com o controle da divisão celular.

Eles desligaram o gene em ratos, que tiveram parte das orelhas cortadas e conseguiram regenera-las. Eles dizem que não há nada teoricamente diferente sobre aplicar o mesmo processo nos seres humanos.

A pesquisadora Ellen Heber-Katz, disse: "Muito parecido com uma salamandra que perdeu um membro, estes ratos substituíram o tecido danificado ou em falta por tecido saudável, e não tem nenhum sinal de cicatriz".

"Por enquanto nós estamos apenas começando a compreender as repercussões destes resultados, talvez, um dia sejamos capazes de acelerar a cicatrização em humanos, inativando temporariamente o gene p21".

"Em células normais, o p21 age como um freio para bloquear a progressão do ciclo celular em caso de danos ao DNA, impedindo a divisão das células, potencialmente cancerosas".

"Nós propomos que qualquer terapia futura implicaria em desligar o p21 transitoriamente durante o processo de cura e apenas localmente no local da ferida.

Isto pode ser feito através de medicamentos aplicados localmente. Isso deverá minimizar quaisquer efeitos secundários".


Tradução: Carlos de Castro


Fonte: Telegraph

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