Segundo o jornal Simmetry, do Laboratório do Acelerador Nacional de Partículas, na universidade de Stanford, o objeto poderá ajudar a testar a lei geral da relatividade, de Albert Einstein.
Segundo a revista, o objeto simplesmente reflete qualquer luz de volta para sua fonte, não importando de que direção tenha vindo.
Outros refletores podem ser encontrados na Lua, três deles foram deixados pelas missões Apollo, da Nasa.
Os cientistas costumam mandar pulsos de laser para esses refletores, sabendo que eles serão refletidos de volta. Os físicos podem, assim, medir a distância até o refletor com grande precisão milimétrica.
Segundo o professor Tom Murphy, da Universidade da Califórnia, a equipe de cientistas estuda a teoria de Einstein através da medição do formato lunar com a ajuda dos três refletores da Apollo e outro deixado pelos soviéticos, o Lunokhod 2.
"Normalmente usamos os três refletores deixados na lua pelas Apollo 11, 14 e 15 (...) e, ocasionalmente, o refletor da Lunokhod 2, que não funciona bem o suficiente quando iluminado pela luz do sol. Mas nós queríamos achar o Lunokhod 1", diz o cientista.
De acordo com a universidade, três refletores são necessários para descobrir a orientação da lua. Um quarto acrescenta informações sobre a distorção causada pela gravidade da lua, e um quinto aumenta a informação.
Os cientistas afirmam que, pela sua posição, o Lunokhod 1 é fundamental para entender o núcleo líquido da Lua e para determinar a posição exato do seu centro e assim mapear a órbita. Os cientistas esperam utilizar esses dados para testar o que diz a teoria de Einstein sobre a órbita.
Desaparecido há 39 anos
Murphy afirma que a equipe ocasionalmente se deparou com o refletor desaparecido nos últimos dois anos. Contudo, no mês passado uma câmera de alta-resolução da Nasa encontrou o local exato do Lunokhod 1.
Em 22 de abril, os cientistas enviaram um pulso de laser para o local do telescópio Apache, no Novo México. Murphy e Russet McMillan, que trabalha no observatório do Apache, conseguiram determinar a distância do telescópio até o refletor com precisão de 1 cm.
"Nós rapidamente verificamos que o sinal era real e descobrimos que era surpreendentemente claro, pelo menos cinco vezes mais claro que o outro refletor soviético, no Lunokhod 2", disse Murphy.
Fonte: Terra
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