segunda-feira, 17 de maio de 2010

Asas em fóssil não comprovam habilidade de voo


Descobertas recentes de penas em animais voadores extintos, como o Archaeopteryx, têm chacoalhado o círculo paleontológico mundial.

Novo estudo publicado na revista "Science", porém, sugere que essas penas podem ter sido frágeis demais para permitir seu uso em voos que necessitem bater de asas: as penas seriam úteis apenas para que as aves planassem.

Segundo os pesquisadores Robert Nudds (Universidade de Manchester, na Inglaterra) e Gareth Dyke (University College Dublin, na Irlanda), a haste central das penas de Archaeopteryx e Confuciusornis eram muito mais finas que as penas de pássaros atuais de tamanho semelhante, o que dificultaria o voo.

Os dados atuais, no entanto, não permitem determinar se as penas dessas aves eram ocas ou sólidas.

Se ocas, elas se dobrariam como um canudo quando os pássaros tentassem voar; se sólidas, elas simplesmente se soltariam.

Os cientistas acreditam que esse animais vivessem em árvores e se lançassem com seus planadores para pousar em outras árvores.

O Archaeopteryx habitou a Terra há cerca de 145 mihões de anos; o Confuciusornis veio depois, há cerca de 120 milhões de anos.

Os resultados do estudo indicam que a presença de asas e penas em fósseis não necessariamente comprovam sua habilidade de voo. A capacidade de voar pode ter se originado muito depois do que se imagina atualmente.


Fonte: Folha Online


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