O conjunto de rabiscos e marcas ovais era estarrecedor, de início. Mas foi apenas uma questão de tempo até que Anthony Martin, especialista em rastros de fósseis, decifrasse o código do fóssil, e o usasse para contar a história de um peixe que viveu há 50 milhões de anos no Lago de Fósseis de Wyoming - e nadou em águas antes consideradas profundas demais para a respiração de um peixe.
Os rabiscos eram impressões das barbatanas do peixe, varrendo o fundo do lago, disse Martin, um professor do departamento de estudos ambientais na Universidade Emory.
E as marcas ovais, exatamente do tamanho da boca do peixe, indicam que o peixe deslizava ao longo da parte mais funda do lago em busca de alimento.
Usando a distância entre as marcas de barbatanas, Martin e seus colegas determinaram que o peixe tinha cerca de meio metro de comprimento. Eles concluíram que as marcas eram de um peixe, já extinto, conhecido como Notogoneus osculus.
As descobertas contradizem uma teoria anterior, de que o nível de oxigênio na parte mais profunda do lago, estimada entre 10 e 15 metros, seria baixo demais para que um peixe pudesse respirar, disse Martin.
"Não só havia peixes nadando ali, como eles estavam se alimentando", disse o pesquisador. Os resultados foram publicados na edição de maio da PLoS One.
Fonte: Terra
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