Jovens surfistas, com trajes de banho brancos e pretos, são mais propensos a serem atacados ou mordidos por tubarões, informou o estudo baseado em dados de observações e estatísticas dos últimos 50 anos em praias do condado de Volusia (Flórida), considerada a "capital mundial dos ataques de tubarão".
"Humanos, tubarões e fatores ambientais combinam-se no condado de Volusia de tal forma que criam uma 'combinação perfeita', com condições muito favoráveis para estes ataques", disse George Burgess, diretor do Arquivo Internacional de Ataques de Tubarão, da UF.
O centro dos incidentes fica na praia da enseada de Ponce, entre Daytona Beach e New Smyrna Beach, no centro da Flórida, segundo o estudo. Entre 1996 e 2008, um em cada cinco incidentes com tubarão no mundo ocorreu nesta região.
Os investigadores observaram durante um ano as ocorrências nestas costas de areias brancas, onde as grandes ondas propiciam excelentes condições para o surfe, mas também para tubarões e outros predadores que se concentram ali atraídos pelo alimento que encontram nas águas revoltas da arrebentação.
Os cientistas analisaram "basicamente: por que, onde e quando se produzem os ataques", em uma área que tradicionalmente existe maior interação humanos-tubarões como nenhuma outra no mundo, indicou a análise.
"A maior quantidade de ataques ocorre em dias de lua nova, mas também durante o período de lua cheia.
Os extremos das fases lunares têm forte incidência nas marés, e, além disso, influem nos movimentos e padrões reprodutivos dos peixes, que são fonte de alimento para os tubarões", destacou Burguess.
O mês de agosto representa o pico de incidentes com os animais, pela grande quantidade de gente que há nas águas do hemisfério norte, especialmente aos domingos.
Braçadas e pernadas de surfistas ou nadadores provocam os tubarões que, entre as águas agitadas, se lançam sobre os membros acreditando serem uma presa, afirmaram os especialistas.
No último mês de fevereiro, um homem de 38 anos que praticava kitesurf morreu atacado por um grupo de tubarões no centro da Flórida, espalhando o pânico entre banhistas da área enquanto os especialistas tentavam acalmar a todos.
Embora a crença predominante de que a maioria dos ataques de tubarões nas águas da Flórida seja mortal, 90% deles só resultam em ferimentos leves, segundo o Arquivo Internacional da UF.
As feridas são, em boa parte dos casos, não muito maiores do que uma forte mordida de cão e não geram consequências graves e muito menos fatais, por não se tratar de tubarões grandes - eles alcançam uns 2 m de largura.
"Não é o tipo de ferida que pode deixar um tubarão branco, de entre 3 a 6 m, como os que existem na Califórnia", disse Burguess.
Nas praias do condado de Volusia, especialmente na área de New Smyrna Beach (400 km ao norte de Miami), foi registrado em 2008 um recorde com um total de 23 ataques desses temidos peixes.
Fonte: Terra
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