Se funcionar corretamente, a Ikaros será a primeira demonstração prática desse tipo de propulsão.
A Ikaros havia sido lançada ao espaço no fim de maio, no mesmo foguete que transportou a sonda Akatsuki, com destino a Vênus.
A vela tem uma superfície quadrada de 4,5 metros de lado e 7 milésimos de milímetro. Sua abertura foi um processo complexo e demorado, que teve início no dia 3.
Além de uma camada de células fotoelétricas, um sistema de manobra e sensores estão integrados à vela.
A Ikaros agora deve se manter no espaço por seis meses, demonstrando tanto a manobrabilidade da vela quanto a eficiência das células coletoras de energia.
A Ikaros tenta demonstrar a viabilidade dessa combinação de tecnologias - uma vela impulsionada pela pressão da luz solar e um gerador elétrico que, no futuro, poderá ser usado para alimentar um motor e outros instrumentos.
Se essa combinação funcionar, o Japão pretende usá-la para enviar uma missão futura ao planeta Júpiter.
Embora sejam relativamente comuns na ficção científica - Arthur C. Clarke escreveu um conto clássico sobre uma regata de veleiros solares - velas nunca chegaram a ser usadas realmente como o meio principal de propulsão de um veículo espacial, embora testes de viabilidade já tenham sido realizados por EUA, Rússia e Japão.
A organização privada Planetary Society tentou enviar uma vela ao espaço em 2005, mas o foguete russo contratado para levar a vela Cosmos 1 à órbita terrestre falhou no lançamento.
Fonte: Estadão
Nenhum comentário:
Postar um comentário