terça-feira, 15 de junho de 2010

Rinoceronte raro de Bornéu pode ser extinto em dez anos

Tam foi resgatado da floresta de Sabah em Bornéu


Pesquisadores procuram uma fêmea em idade reprodutiva para tentar salvar a espécie da extinção.

As autoridades da Malásia estão tentando encontrar uma fêmea para Tam, um rinoceronte raro de Bornéu, em um último esforço para tentar a reprodução em cativeiro e salvar a espécie da extinção.

Tam foi resgatado da floresta de Sabah em Bornéu dois anos atrás e é um dos poucos rinocerontes de Bornéu vivos. A companheira atual de Tam é muito velha para se reproduzir.

“Estamos procurando por uma fêmea fértil”, disse Ambu, diretor do Departamento de Vida Selvagem de Sabah.

As esperanças de salvar o rinoceronte de Bornéu da extinção foram recentemente reavivadas com a descoberta de um rinoceronte que se acreditava ser uma fêmea, cujas imagens foram capturadas por uma câmera de controle remoto.

A armadilha fica em uma área na ilha de Bornéu onde os rinocerontes solitários costumam pastar, segundo disseram os indígenas que vivem na ilha.

Apenas 10 a 30 rinocerontes de Bornéu – uma subespécie do rinoceronte de nariz arrebitado da Sumatra – são remanescentes na floresta. Por isso é crucial que o programa de reprodução em cativeiro, lançado há dois anos, dê frutos.

Até este momento do ano, apenas dois de sua espécie foram flagrados pelas câmeras de controle remoto colocadas na floresta, segundo Ambu.

Imagina-se que o primeiro, fotografado em fevereiro, seja uma fêmea prenha, o que aumenta as esperanças de que a espécie em risco esteja conseguindo se reproduzir em ambiente selvagem. O outro poderia ser uma companheira potencial para Tam.

A espécie, qualificada como ‘criticamente em perigo’ vem desaparecendo rapidamente nas décadas mais recentes.

Eram cerca de 200 há 50 anos, mas a exploração de madeira, as grandes lavouras e outros vetores do desenvolvimento acabaram destruindo seu habitat.

Os caçadores também os perseguem para conseguir seus chifres e outras partes do corpo, usadas pela medicina tradicional.

Os conservacionistas avisaram que a espécie pode estar extinta em dez anos.


Fonte: Estadão

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