Três paleontólogos tornaram pública nesta segunda-feira uma tese que desafia a tese geralmente aceita sobre a colonização das Américas.
Contra a teoria atualmente em voga, pela qual o continente teve somente uma onda imigratória da Ásia, os estudiosos sugerem que dois movimentos migratórios ocorreram em direção ao Novo Mundo.
O grupo de cientistas - um brasileiro, um chileno e um alemão - comparou os crânios dos primeiros habitantes da América, os chamados paleoamericanos, com cerca de 11 mil anos de idade, com crânios mais recentes, de mais de 300 ameríndios.
"Descobrimos que as diferenças entre os nativos americanos primitivos e os nativos mais tardios coincidem com um cenário de duas migrações, e é algo que vai muito além do que qualquer outra hipótese", destacaram os investigadores.
"Em outras palavras: estas diferenças são tão grandes que é muito improvável que os primeiros habitantes do Novo Mundo sejam ancestrais diretos dos nativos americanos recentes".
Segundo os especialistas, as diferenças se explicam por duas ondas de migração da Ásia pelo Estreito de Bering, em épocas distintas.
A teoria da onde migratória única também se baseia em dados biológicos.
Fonte: Terra
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