Rochas com massa de poucas dezenas de toneladas podem não se fragementar tanto quanto o esperado.
A descoberta está descrita na edição desta semana da revista Science, e sugere que objetos relativamente pequenos podem chegar à superfície terrestre com mais energia - e causar maior destruição - do que se imaginava.
Chamada Cratera Kamil, a depressão foi causada pelo impacto de um meteorito metálico, provavelmente ocorrido há poucos milhares de anos.
De acordo com os autores do estudo, crateras de impacto tão bem preservadas quanto esta só haviam sido observadas anteriormente em astros desprovidos de atmosfera.
O artigo na Science, que tem como principal autor Luigi Folco, da Universidade de Siena, Itália, estima que o objeto causador do impacto tinha uma massa de 20 a 40 toneladas antes de entrar na atmosfera da Terra, e que o fragmento que atingiu o solo no Egito pesava de 5 a 10 toneladas.
Essas estimativas, destacam os autores, contradizem modelos teóricos que preveem que asteroides com massa inicial inferior a alguns milhares de toneladas deveriam se fragmentar de modo significativo ao entrar na atmosfera, reduzindo a energia liberada no impacto.
Se os cálculos apresentados na Science estiverem corretos, objetos com massa de poucas dezenas de toneladas podem não se fragmentar tanto quanto o esperado, o que os tornaria mais perigosos do que se imaginava.
Os cientistas estiveram no local da cratera no início deste ano, e determinaram que a depressão tem uma borda elevada de cerca de 3 metros de altura, e profundidade total de 16 metros.
Buscas realizadas na cratera e arredores revelaram 5.178 fragmentos de meteorito de ferro, numa massa total aproximada de 1,7 tonelada. O maior fragmento pesa 83 kg.
Fonte: Estadão
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