segunda-feira, 12 de julho de 2010

Sonda europeia examina asteroide 'de perto'


A sonda europeia Rosetta cruzou o caminho do asteroide Lutetia a uma distância de pouco mais de 3 mil quilômetros e enviou uma enorme quantidade de dados científicos de volta à Terra neste sábado.

A rocha de cerca de 120 km de extensão na sua dimensão mais longa é o maior asteroide já investigado por um satélite.



Imagens enviadas pela sonda mostram que o Lutetia parece ter um formato bastante irregular e sua superfície é marcada por um grande número de crateras, abertas por impactos com outros corpos, além de algumas reentrâncias que intrigaram os cientistas.

O encontro espacial aconteceu a cerca de 454 milhões de quilômetros da Terra, além da órbita de Marte.


Origens


A expectativa dos cientistas é de que os dados gerados pela nave ajudem a identificar as origens do asteroide.

"As imagens são majestosas, me deixaram sem fôlego", afirmou o professor David Southwood, da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês).

Até hoje, telescópios baseados na Terra encontraram muitas dificuldades ao tentar classificar o asteroide. Algumas observações indicavam se tratar de um corpo muito primitivo, com poucas mudanças desde sua formação.

No entanto, outras medições parecem revelar a existência de metais na superfície, o que significaria que a pedra já estaria em um estágio mais avançado de evolução.


Colisão


Outra hipótese é que Lutetia seja um fragmento de um asteroide muito maior que teria se despedaçado em uma colisão.

Os cientistas esperam que as informações coletadas por Rosetta ajudem a responder estas perguntas.

Quase todos os instrumentos na sonda ficaram ligados durante várias horas no período em que o asteroide passou mais perto, às 12h44m deste sábado.

Espectômetros, experimentos sobre campo magnético e plasma, além de rádio, entre outros, reuniram a maior quantidade possível de informações sobre o corpo, que passou a uma velocidade relativa de 15 km/s e à distância mínima de 3.162 km.

Nos próximos dias, os especialistas devem se debruçar sobre esses dados, antes de anunciar qualquer conclusão sobre o asteroide.


Fonte: BBC

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