Algumas pessoas são geralmente alegres. Outras têm maiores probabilidades de ter pensamentos tristes e depressivos.
Esses traços ajudam a formar nossas personalidades. Mas essas características poderiam ser ligadas a diferenças mensuráveis na estrutura cerebral?
Em um novo estudo publicado na “Psychological Science”, neurocientistas relatam que os extrovertidos tendem a possuir um córtex orbitofrontal maior que a média. Essa região se situa atrás dos olhos, e fica especialmente ativa quando o cérebro registra recompensas.
“Essas pessoas tendem a ser mais alegres e positivas, além de possuírem uma inclinação a querer recompensas”, disse Colin G. DeYoung, principal autor do estudo e psicólogo na Universidade de Minnesota. “Faz sentido que eles tenham mais do maquinário para acompanhar as vitórias”.
As descobertas não disseram nada sobre como o volume se relaciona ao comportamento, ou qual precede qual.
Os cientistas se basearam em leituras de ressonância magnética em mais de 100 adultos, depois de estabelecer o tipo de personalidade de cada participante usando um modelo conhecido como os “cinco grandes”.
Qualquer pessoa, segundo o modelo, pode ser descrita por seu nível em cinco características: extroversão, afabilidade, estado de consciência, tendência à neurose e franqueza/intelecto.
Aqueles que manifestam alto nível de consciência são trabalhadores e autodisciplinados. Eles geralmente possuem um córtex pré-frontal lateral maior que a média, permitindo que planejem com antecedência, analisem pensamentos complexos e tomem decisões, os cientistas descobriram.
Os neuróticos, ou aqueles que frequentemente têm pensamentos negativos e depressivos, tendem a ter um menor córtex pré-frontal medial, uma parte do cérebro conhecida por regular as emoções.
Similarmente, ser agradável corresponde a tamanhos maiores em certas regiões.
As pessoas que manifestaram franqueza, um tipo de personalidade que é criativo e aprecia novas formas de pensar, não exibiram tamanhos diferentes em nenhuma região.
É importante lembrar que todas as ligações entre biologia cerebral e personalidade são altamente sugestivas, e pouco compreendidas.
Embora as personalidades sejam geralmente estáveis, elas podem ser afetadas pelas experiências ao longo da vida, afirmou DeYoung.
Fonte: UOL
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