Duas brasileiras são parte de um estudo feito por um médico americano, que há 40 anos investiga casos de reencarnação. Uma diz que morreu atropelada por um trem; outra, na 2ª Guerra Mundial.
Apesar de não ter comprovação científica, a teoria da reencarnação é estudada pelo médico psiquiatra Jim Tucker, da Universidade da Virgínia, nos Estados Unidos.
Ele dá continuidade à pesquisa iniciada há mais de 30 anos pelo também psiquiatra Ian Stevenson, que morreu em 2007.
Tucker diz que foram estudados 250 casos em todo o mundo. As histórias ganharam projeção internacional ao serem exibidas pela TV inglesa. Os pesquisadores colheram relatos impressionantes, inclusive no Brasil.
“Fizeram alguns testes e perguntaram coisas, bom, até então eu não sabia absolutamente nada da reencarnação da minha tia”, conta Yvone Martha, corretora de imóveis.
2ª Guerra
A tia-avó de Yvone morreu durante a 2ª Guerra Mundial. Ela foi atingida na nuca por estilhaços de uma bomba em Viena, na Áustria. “Morreu com uma bomba, justamente no local que eu tenho a marca”, explica.
Para os estudiosos, a marca de nascença é um sinal de que Yvone seria a reencarnação da tia-avó. E há outras coincidências: as duas nasceram no mesmo dia: 11 de setembro.
“Eu tinha uns 2 anos de idade mais ou menos. Eu dormia com a minha avó e brigava com ela. Eu abria a gaveta e falava: ‘Como você é desordeira e tal’.
Aí ela falava: ‘Mas como você fala assim comigo?’. Aí eu falava: ‘Você não me responda, porque eu sou sua irmã mais velha’”, lembra Yvone.
O fato de Yvone, ainda tão pequena, repetir o comportamento da tia-avó, foi mais um indício para os pesquisadores.
Jim Tucker afirma que até os 3 anos as crianças têm uma janela por onde parecem enxergar fatos de vidas passadas.
“Reencarnação é uma crença antiquíssima na humanidade e que significa a transmigração de uma alma.
A pessoa morre e reencarna em outro corpo, mas a identidade do ser permanece a mesma”, explica a Dora Incontri, coordenadora do Congresso Educação e Espiritualidade.
Doença grave
Uma mulher que mora em São Paulo e não quer se identificar diz ter passado por experiências na vida que a fizeram sentir que já morreu e reencarnou. Primeiro, foi uma doença grave que não foi diagnosticada, que teve inicio aos 20 dias de vida.
Sem explicação, ela ficou curada três meses depois, mas a doença deixou marcas que foram estudadas pela equipe do psiquiatra Ian Stevenson.
A doença deixou marcas que foram estudadas pela equipe do psiquiatra Ian Stevenson
Na época, ela relatou aos pesquisadores pesadelos constantes com trilhos e uma visão: o momento exato em que foi atropelada por um trem, o que justificaria as marcas.
“Veio assim, pronto e acabado, que eu havia sido colhida por um trem e morrido e agora eu estava de novo, aqui na vida reencarnada”, diz ela.
O psicólogo Jayme Roitman, que investiga fenômenos sobrenaturais, avalia que ainda não há provas suficientes da reencarnação.
“Como é difícil para o ser humano dizer ‘não sei’, para os cientistas o exercício da ciência costuma ser mais fácil. Enquanto não têm evidências, eles dizem: ‘Não sei, vamos pesquisar mais’”, observa.
Mas as duas brasileiras estão convictas. “Eu acho que entre nós tem muitos reencarnados, creio eu que você seja uma reencarnação também”, acredita Yvone.
Fonte: G1
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