Duas abordagens independentes, realizadas pela sonda Mars Express, da Agência Espacial Europeia (ESA) e pela Mars Global Surveyor, da Nasa, produziram resultados similares, apresentados nesta segunda-feira, 20, no Congresso Europeu de Ciência Planetária, que acontece em Roma.
A origem das duas luas de Marte, Fobos e Deimos, é um antigo enigma para a ciência. Uma hipótese propõe que ambas seriam asteroides capturados pela gravidade marciana.
A cratera Stickney, a maior encontrada na lua Fobos
Outros cenários propõem que ambas as luas se formaram onde estão, por meio da aglomeração de material expelido do planeta após um grande impacto ou dos restos de uma lua destruída pela atração de Marte.
Segundo pesquisadores, uma compreensão da composição das luas é fundamental para excluir algumas dessas propostas.
Observações anteriores de Fobos haviam sido interpretadas como sugerindo a presença de condritos carbonáceos, um material primitivo associado a asteroides. Essa descoberta viria a apoiar a ideia do asteroide capturado.
Mas novas observações, feitas pela Mars Express, não combinam bem com a proposta dos condritos, e favorecem a hipótese da origem local. Entre as descobertas, há sinais de que parte do material que compõe a lua teria interagido com água antes de ser incorporado a Fobos.
Outras observações indicam uma identidade com materiais encontrados na superfície marciana.
Fonte: Estadão
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